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Artigos-->2438 -- 17/10/2008 - 20:51 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu queria encontrar algo

para amar nesta cidade fria

que fosse livre do vidro,

do aço, de tudo que é perecível



Eu atravesso as ruas compridas

que nem sei onde terminam,

acompanhada da multidão fatigada -

monstro de várias pernas e braços,

acéfalo, púrpuro- violáceo,

à procura de algo para amar



Às vezes, paro diante de uma vitrine,

observo os manequins da moda,

que olham para mim- tão tristes!

E o que os manequins me falam?

Como a multidão,eles são também vazios e secos

Como eu, talvez, de amor, pedintes

Como as sepulturas, belos, à luz do crepúsculo

sobre suas peles com brilho de cera



Eu procuro algo para amar

neste país morto, sem alma

Algo incorrupto. ÚNICO.

Talvez, a água da chuva

banhará, hoje, as coisas do mundo

Talvez o sabonete do anúncio

lave as carnes das gentes

Talvez as lágrimas de todos

os dias, algo ainda decente,

altere a agenda deste povo



Eu procuro algo para amar

Aceito, algo presumidamente puro,

de segunda mão, ordinário,

com falso lustro :

"um pobre digno"

Como teu beijo,

aquela noite-

ávido e intenso

que não sai não sai

com nenhum lenço



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