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Artigos-->A CRISE ECONÔMICA E OS CABIDÕES DE EMPREGOS -- 04/11/2008 - 10:12 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A CRISE ECONÔMICA E OS CABIDÕES DE EMPREGOS



Enfim, nosso presidente resolveu acreditar numa crise econômica mundial, nos moldes de 1929. Para o presidente Lula o poder está sendo uma festa interminável. Passeios pela Europa, Ásia, Rússia, Inglaterra, África, Cuba, EUA e outros tantos lugares na agenda turística dele é pura rotina. Coisas de grande porte que favorecesse nosso país não foi resolvido, nem havia tal intenção. O que o ex-sindicalista do ABC queria era a atenção de reis e rainhas, presidentes importantes e ditadores, mostrando ao mundo que ele poderia ser chamado de Lula, o bom, ou o profeta dos pobres, pronunciando os velhos e enferrujados discursos do estádio Euclides no ABC aos reis, primeiros-ministros e presidentes, quando antes só o fazia para os pobres e enganados operários da indústria automobilística naquela região industrial dos paulistas.

Comprada a idéia da crise tem agora nosso presidente desculpas suficientes para não investir jamais na educação, na saúde, na aposentadoria do trabalhador que está pela hora da morte, nos meios de transportes, nos portos que hoje estão obsoletos e não aceitam navios de grandes calados, etc., etc. Além do que estamos sempre com a ameaça da volta da inflação. Este presidente teve seis anos para fazer alguma mínima coisa pelo nosso país e não fez nada! Absolutamente nada, além de gerar empregos para o pessoal do seu partido político e ainda tem a cara-de-pau de querer um sucessor, ou sucessora para dar continuidade ao seu governo ignóbil. Somente de ministérios ele criou mais do que deveria no intuito de agradar com empregos seus afiliados políticos, gerando um dos maiores cabidões de empregos que o planeta já viu. Temos no Brasil lulista quase quarenta ministérios se já não ultrapassou, quando nos EUA que poderia ter duzentos, têm quinze.

Um sindicalista que não soube negociar com as montadoras a garantia dos empregos de milhares de operários, diante de uma greve anunciada, jamais teria condições de ser presidente do sindicato, o que dirá da presidência da República! Lembro-me que o comportamento dele naquele fatídico ano foi o de tomar chá de sumiço. Não houve ajuda, nem solidariedade aos trabalhadores em greve. Sei disso porque morava eu com minha família num dos maiores redutos de operários: São Caetano do Sul. Meus vizinhos eram operários da Volks e comentavam comigo a verdadeira situação. Em apenas um dia somente a Volks demitiu 30 mil trabalhadores e Lula desapareceu.

Agora, com a crise econômica, as festanças e as gastanças e os empréstimos de nosso dinheiro público pelo mundo afora irão continuar, mas o compromisso social com o Brasil acabou porque a crise será a grande desculpa que ele tanto almejava para não investir na melhoria do cada vez mais grave problema social brasileiro. O partido dele perde terreno no país todo. A capital paulista que poderia ser a principal base eleitoreira caiu. O povo cansou das enganações da Sra. Martaxa. E está provado que o nordestino não aprecia tanto assim os aliados de Lula. São Paulo é o maior reduto de eleitores nordestinos, a fã número um de Lula deveria ganhar estourado. Os petistas ainda batem no peito e dizem que ganharam o maior número de cidades no Brasil inteiro. É verdade. Eles açambarcaram as prefeituras de cidades pequenas e insignificantes, algumas de grande importância, talvez pelo fato de o povo não ser bem informado. Porém, nas cidades progressistas e de repercussão o PT perdeu feio.



Necessário os da direita entenderem que o fato de não apreciarmos o governo Lula não tornam eles os “preferidos”. São todos farinha do mesmo saco. Fora do poder são santos, dentro do poder se metamorfoseiam em demônios. O presidente FHC foi um dos piores que tivemos nos anos noventa e pertence ao PSDB. O sociólogo foi intitulado pelo povo em sua gestão de o “pai do desemprego”. Lula sabendo disso atacou a campanha com as promessas de 10 milhões de empregos e ganhou fácil. Mas, até agora só vimos empregos para os petistas, bajuladores e amigos do rei. Principalmente dentro de empresas estatais. Não reconhecem o valor de uma empresa privatizada quanto à Vale, porque é óbvio trabalharem em empresas particulares somente pessoas de reais capacidades e não os acoitados politicamente. Isto explica os ataques e a destruição da ferrovia por onde passam os trens levando o minério daquela extraordinária empresa, movidos que são pelo ciúme do sucesso da Vale do Rio Doce.

Todavia, os petistas odeiam este magnífico sucesso simplesmente porque esta companhia não é uma estatal “cabidão de empregos” que eles adorariam que fosse. É gente! Temos muito que aprender com as esquerdas e as direitas brasilianas. Melhor é continuarmos no centro observando tudo e condenando a todos porque está difícil encontrar um político – mesmo saído do povo – que verdadeiramente tenha amor pelo Brasil e pelo povo brasileiro.



Jeovah de Moura Nunes

escritor e jornalista

jeovahmnunes@hotmail.com





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