Usina de Letras
Usina de Letras
51 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62752 )
Cartas ( 21341)
Contos (13286)
Cordel (10347)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51135)
Humor (20114)
Infantil (5541)
Infanto Juvenil (4864)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141065)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Avenidas Matemáticas = Direções Lógicas -- 19/12/2001 - 09:43 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
,ou, Brasília, patrimônio da insanidade









Brasília é uma cidade matemática, ou pode-se dizer até lógica, mas prefiro matemática. Todas as ruas têm números ao invés dos tradicionais nomes de personalidades esquecidas por toda a população. O que transforma a cidade num emaranhado de siglas e números, que uma vez decorados, jamais esquecidos.



Partindo do centro para leste e oeste, Brasília vai alternando o número de suas vias, respectivas quadras e entrequadras. Começando pelo 100 para leste, 200 oeste, 300 leste, 400 oeste, e assim por diante até chegar nos 900 (leste). As vias são denominadas por letras, como eixo L de leste, ou W de west (oeste), ainda existe a L2, W3 e W2, enquanto as transversais, essas são ainda mais complicadas, como N2, N1, S2, ou S1. Entenderam? Não, nem eu...



Vamos partir para norte e sul, e os números começam a crescer. Para o sul, o 100 vai crescendo em linha reta até chegar á 116, assim como 216, 316, 416, até 916 respectivamente. A mesma coisa vale para o norte, e o que mudam são as siglas apenas, que terminam em N de norte.



Portanto se você quer ir a qualquer lugar em Brasília, tendo apenas o endereço, não é necessário consultar algum catálogo de ruas ou guia quatro rodas, basta vislumbrar o mapa da cidade na cabeça e seguir sempre em frente. Porém, as coisas começam a complicar quando alguns pequenos detalhes aparecem.



Na asa sul, que pode ser considerado um bairro, existem as quadras (ex: 216), e para cada quadra existe uma entrequadra. Pelas entrequadras, pode-se ter acesso a qualquer quadra próxima (ex: 215). Porém existem algumas entrequadras fechadas entre si, como é o caso das 204/205, 208/209, 212/213, e não apenas na parte oeste, como na leste também, 304/305, até 312/313, e tudo isso apenas na asa sul. Vejamos na asa norte, onde são fechadas as mesmas entrequadras que na asa sul, apenas na parte oeste, isto é 204/205 até 212/213. O diferente na asa norte parte leste, que somente as entrequadras 308/309 são fechadas entre si. Difícil, não? Eu falei...



Como se não bastasse, se você quer ir à 505 sul, você tem que entrar pela 306, porque eu já disse que as entrequadras 304/305 são fechadas entre si, e de acordo com a explicação anterior, depois de 400 oeste, vem 500 leste. Recapitulando: leste é ímpar, oeste é par, enquanto norte e sul são as asas do avião. Pois é, Brasília tem forma de um avião, ou quem sabe lá seja um pássaro, uma asa delta, um objeto não-identificado. Não sabia?



O centro de Brasília parte do zero, pois, é onde ficam os monumentos da cidade. O eixo monumental, como é chamado, esplanada dos ministérios, congresso nacional, praça dos três poderes. Uma cidade de carros, onde as pessoas mal aparecem, muito céu, muito céu.



Brasília oprime as pessoas, com seus monumentos gigantescos e largas avenidas, transformando a vida das pessoas numa simples equação. Enquanto a UNESCO, teima em proteger tais monumentos, como patrimônio da humanidade, as pessoas sofrem de depressão profunda, síndrome de pânico e funcionalismo público. Brasília, patrimônio da insanidade, por que todos nós temos nossos próprios fantasmas....







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui