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Artigos-->D I S C R I M I N A Ç Ã O -- 09/01/2009 - 09:47 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




DISCRIMINAÇÃO



Apesar de enaltecermos nossa idolatrada democracia somos ainda o país que mais discrimina o ser humano em toda a face do planeta. Como discriminamos? De todas as formas. O brasileiro é discriminado pelo seu status social de pobre. De indivíduo desqualificado sem um diploma de segundo grau, que dirá de terceiro grau. É discriminado quando necessita de tratamento médico. Discrimina-se o pobre brasileiro quando necessita de um emprego. É discriminado quando é preso e não tem o privilégio de pagar a pena em celas que pessoas de curso superior têm. Naturalmente tem porque conseguiu um diploma em razão da sua posição de rico. Neste caso ser rico já é um privilégio discriminatório.

Nossa Constituição é mentirosa. Diz ela no artigo 5º - “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguinte”: ...e blá... blá... blá... Ora, se somos iguais por que muitos têm privilégios que a maioria não tem? Isto é ou não é uma verdade, que torna os dizeres constitucionais uma mentira? Por que o pobre é mal atendido nos hospitais, nos ambulatórios, no INSS? E os ricos nem se aproximam desses lugares! Faz-me lembrar do doutor que esquartejou a mulher que ele estuprava por muitos anos e agora já está passeando da cadeia ao psicólogo para tratamento. Logo estará nas ruas. Faz-me lembrar o Lalau, o juiz ladrão que desviou dinheiro das obra do Tribunal em Sampa. O pouco tempo que se hospedou na cadeia já passou. Hoje está aí se regalando com muito dinheiro roubado. Faz-me lembrar dos rapazes que mataram o índio pataxó Galdino. Já devem estar tramando outra matança. Faz-me lembrar do traficante Fernando, que os jornalista tratam carinhosamente como “Fernandinho Beira-mar”.

Além de ser o país da corrupção e da criminalidade, somos também o país da discriminação em todos os níveis. A educação dos pobres é discriminada pelos governos: federal, estaduais e municipais. O salário do pobre continua sendo uma vergonha nacional, porque o salário mínimo de um país que se gaba diariamente de estar em crescimento vertiginoso deveria ser de dois mil reais. Se não é assim significa basicamente que alguém está mentindo no governo Lula, fazendo evidentemente uma discriminação entre a população. Inclusive a polícia também está com seus salários discriminados. E o policial é um indivíduo que está disposto a morrer para defender o cidadão. Mas, como a maioria dos policiais tem origem humilde, tome discriminação! Parece girar em torno da escravatura os meios econômicos deste país. Depois a sociedade reclama da bandidagem. Ora, o bandido se tornou bandido porque já cansou de buscar uma sobrevivência honesta e não consegue. Simplesmente porque a honestidade significa também basicamente uma forma de morrer lentamente. Quanto mais honesto a pessoa é, mais discriminada será. É em razão disso que vemos uma boa parte dos ricos também entrar na criminalidade. Fazem isto porque sabem também da inexistência de uma punição. A impunidade dos ricos é uma forma de discriminação, posto que o pobre recebe penas mais duras e o rico pode pagar bons advogados, além do favorecimento da lei para quem tem posses. Enfim, nosso país não é essa maravilha que os “favorecidos da sorte” querem passar para nós. Aqui vivemos numa encruzilhada semelhante àquela ocorrência em que o SS nazista disse para a mãe judia de três filhos:

-Se você não quiser ir para o gaseamento, tudo bem. Levaremos seus três filhos. Você ficará trabalhando no campo e seus filhos morrerão agora mesmo!

A mulher preferiu viver ao ceder seus três filhos para morrerem pelo gás venenoso. Houve neste caso uma discriminação da mãe em relação aos filhos, talvez pelo temor da morte. Claro que os judeus em meio à matança por atacado lutavam para que alguém se salvasse, na esperança de que esse alguém contasse ao mundo aqueles funestos acontecimentos. Em nosso país houve matanças também nos tempos ditatoriais. Os que se salvaram estão hoje no poder. Necessário é entender que muitos dos que se salvaram não resistiram às torturas e “dedaram” muita gente. E esta gente “dedada” provavelmente morreu sob tortura.

Isto também se chama discriminação.



Jeovah de Moura Nunes

escritor e jornalista

Jeovahmnunes@hotmail.com



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