Fim de tarde. E não sei bem certo o que escrever para o meu primeiro artigo deste jornal. Ouço o Instrumental Praise, através das caixas de som do computador, na esperança de que as músicas me tragam alguma luz. Ao som de um saxofone e outros instrumentos musicais, começo a relembrar um pouco do meu passado próximo, até que chego ao dia da morte do meu avô - Francisco Pedro de Jesus - há um pouco mais de quatro meses.
Com seus, exatamente, 92 anos e meio, ele veio a falecer deixando logicamente muita tristeza, saudade e também um exemplo de vida. Ao longo de todos esses anos, ele tomou várias decisões, e creio que a mais importante foi quando aceitou o evangelho com aproximadamente 40 anos de idade. Essa atitude mudou, não somente, o seu destino como de toda a família. Logo, mudou-se para a capital, na esperança de que seus filhos tivessem uma formação de qualidade. Outro procedimento acertadíssimo! Hoje, muitos do seus filhos se formaram, já se aposentaram e puderam ter uma condição de vida melhor, da qual, ele não teve.
Nunca esqueci e creio que nunca esquecerei de suas últimas palavras dirigidas à mim, quando pedi a benção dele como de costume, ele respondeu deitado no leito do hospital, com um sorriso no rosto, voz trêmula e muita fraca: “Deus te abençoe!”.
Depois da morte dele fiquei imaginando, se ele tivesse feito outras escolhas, como: nunca ter aceitado o evangelho, nunca ter saído da cidade de Areia Branca, enfim, se não tivesse agido sobre a orientação de Deus. As coisas seriam diferentes!
Percebi então que meu avô queria mais do que dizer para mim um simples e rotineiro “Deus te abençoe”, ele queria dizer que se a benção de Deus não estiver sobre a minha vida, estarei fadado a viver uma vida de erros e derrotas.
Meu avô, estava certo! Mais importante do que simplesmente tomar atitudes, é tomar atitudes certas. Pois, uma decisão errada poderá prejudicar toda uma descendência. É assim que vejo: o futuro como a resposta do presente. Meu avô, um exemplo de um homem de ATITUDES CERTAS!