A Internet além de ser um dos maiores veículos de comunicação, de ofertas e de tantas outras vantagens, aos poucos vai mostrando sua face desconfigurada por muitos internautas. Por mais estranho que pareça, atualmente, as vendas tem se tornado as mais esdrúxulas possíveis. Vende-se tudo. Tudo mesmo. No sentido literal da palavra; por alguns milhões de dólares. Há internautas que vendem a vida, a virgindade, recém-nascidos e por aí vai as tantas loucuras. Maridos vendendo mulheres. Mulheres vendendo maridos e até mesmo filhos.
Nos sites de leilões há quem venda, há quem venda tudo: Como o caso de um neozelandês que colocou à venda a própria “alma”. Alguns ainda colocam um alerta de que se trata de algo usado. Apesar de a oferta ser cancelada em um site, eles partem para outro site de leilão.
A psicóloga Sabia Centro, vice-presidente de projetos da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) explica que a razão de a internet ser escolhida como principal espaço para essas vendas é de certa forma, o que se faz ou se deseja fazer na vida real, com a diferença de que a pessoa acredita que, na rede, ela está acima dos valores que permeiam a vida real, desta forma pode-se potencializar as agressões verbais ou morais de indivíduos despreparados ou com frágeis vínculos e valores sociais..
Uma norte-americana de 22 anos ofereceu sua virgindade pela quantia de 2,87 milhões de euros (R$ 8,6 milhões) e este era o lance mais alto até fevereiro, onde a virgem adotou um pseudônimo de Natalie Dylan num leilão realizado num bordel de Nevada.
A vantagem desta transação é que escondidos através de um codinome, a pessoa só será reconhecida quando o negócio for fechado e apenas por um comprador que estará tão comprometido quanto ela.
Esta falsa sensação de impunidade que leva até pais a venderem seus próprios filhos. Na Alemanha, um juiz inocentou um casal que alegou estar brincando ao anunciar, como se fosse um produto, o filho de 8 meses com a seguinte mensagem na Internet: “Vendo meu bebê sem inovo porque ele chora demais.”.
O mercado virtual de órgãos humanos também cresce. Os compradores são pessoas que precisam de transplante e aguardam na longa fila dos transplantes.