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Artigos-->O SUPREMO DE TIREIODOPÓ -- 11/05/2009 - 13:20 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ARTIGO:



O Supremo de Tireiodopó



"Há um país que possui um Tribunal considerado maioral e que expressa um brocardo"



Por Alberto Nunes - 09/05/2009





Há um país que possui um Tribunal considerado maioral e que expressa um brocardo: “decisão da Justiça não se discute, cumpre-se”, porém, esse tribunal nem sempre concorda com as decisões de outros tribunais, ditos, inferiores, como se estes não representassem a Justiça, anulam condenações e repreendem juízes que mandam para a cadeia aqueles que merecem ter a letra da lei sobre si, aplicadas por juízes de reputação ilibada.



Em Tireiodopó os potentados do Supremo são indicados pelo Legislativo, cujos integrantes, com raras exceções, são ignaros na ciência jurídica, indicados, também, pelo presidente da República, que dos livros passou ao largo, enquanto que os juízes das instâncias inferiores se classificam em rigorosos exames por concurso públicos para exercer a magistratura.



A Justiça dá ao réu o poder de recorrer das condenações por meio dos recursos. Esses recursos demoram anos e décadas mantendo o condenado em plena liberdade. Isto acontece somente se o réu tiver dinheiro para pagar bons advogados. É como se dissesse ao réu: “olha velho, não podemos soltá-lo de cara; mas temos dispositivos: vamos aos recursos”.



É evidente que em Tireiodopó as leis foram feitas para beneficiar aos grandes golpistas do dinheiro público de forma que atendendo aos lobistas do crime organizado que, ao ter acesso a Casa do Povo, diz: “preciso de uma lei, conforme alguns bilhões que serão desviados, para livrar-nos da prisão se formos presos” e, assim, temos as brechas nas leis, e cada um terá a sua parte nessa organização inaudita.



O povo de Tireiodopó sabe que algo terrível, que enriquece quadrilhas acontece sistematicamente; comenta nos porões das pensões; nas casinholas; nos botecos; é achincalhado por aqueles que lhes estropiam a sorte e o futuro acrescentando frases proferidas somente por pessoas desprezíveis como: “pouco estou me lixando para o povo”, sinal de que já enriqueceu o suficiente para tal desprezo; esse mesmo povo será capaz de reelegê-lo pelas manobras das reformas políticas com o único intuito: enganar o povo de Tireiodopó onde há mandatos parasitas de vários anos.



Em Tireiodopó o povo recebe um salário miserável que lhe dá a aparência de um subpovo, aparência de exclusão (e, não é?), é maltratado em hospitais e repartições públicas, é obrigado a se locomover em transportes insuficientes e apertados. Na maioria das cidades existe muita pobreza, esgotos a céu aberto, barracos distribuídos nos morros e por toda a parte. São pobres com dignidade que não são tratados com dignidade por aqueles a que elege na esperança de melhorias, mas sempre ludibriados, enganados por seus representantes que, em cada cidade, é deles o melhor telhado, a melhor casa, o melhor veículo, a melhor fazenda, a melhor rua. Trabalham pouco, nada fazem, possuem tudo, se aposentam cedo.



A Constituição de Tireiodopó é vilipendiada a cada governo. Se entra um governo “democrático pela Constituição de 1988”, e gosta do gozo da vida pública, dos aviões, dos churrascos, festas, dos cartões corporativos, das viagens internacionais, enfim, da utópica e efêmera situação que o poder proporciona às pessoas, logo tratam de comprar legisladores venais, mudam a Constituição a bel-prazer e se resolve a questão: terceiro mandato.



Em Tireiodopó, os governantes vivem em magnificência sem tamanho. São assaz generosos com países vizinhos: perdoa-se dívidas de 45 milhões de dólares com a Bolívia, mas não aumentam o benefício (que benefício é esse que mata os velhos de desgosto?) dos aposentados. Investem 200 milhões de dólares numa refinaria de petróleo também na Bolívia e dão-na numa confusão teatral por apenas 112 milhões de dólares. Mandam para Hugo Chávez, o cabecilha, um navio com 85 milhões de litros de gasolina e até hoje não recebe nada em troca. O BNDS de Tireiodopó empresta bilhões para empresas estrangeiras vir a comprar suas própria empresas como aconteceu no caso da venda da Eletropaulo para o grupo americano AES. Será que se algum cidadão tireiodopoense pedir um empréstimo ao BNDS para comprar uma empresa lucrativa como a Eletropaulo eles emprestariam? -- E o povo de Tireiodopó a ver navios.



Em Tireiodopó existe quatro maneiras para se enriquecer: A primeira é honrosa e tem méritos: a pessoa monta uma empresa e regando-a durante anos com o suor da camisa ela medra e se expande. A segunda é a sorte: a pessoa pode ganhar numa megasena e adeus problemas financeiros. A terceira é no futebol: a pessoa poderá marcar uns gols e logo ficar milionária. Mas a maneira mais fácil e rápida (em poucos meses) para quem não tem caráter e possuir um espírito desonesto é a política. O funcionário público desonesto logo fica muito rico em Tireiodopó.



Alberto Nunes – jornalista.



_________________________________________________



PARABÉNS MEU CARO MANO BETO.

ESTE É UM ARTIGO QUE EU GOSTARIA DE TER ESCRITO!



Jeba



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