– O MUNDO CONHECEU O VERDADEIRO PODER DE UM LÍRIO!
Diz que é muito mais fácil chegar ao topo do que se manter nele...
O mundial cultural do CCLM de 2005 fez valer a máxima e mostrou que um guerreiro nem sempre vence só com sua técnica, mas também precisa aprender com seus erros e lidar com suas próprias limitações...
Um verdadeiro aprendizado oferecido pelo agora itapevense que completaria 28 anos... Que espetáculo!
Em Montevidéu, três brasileiros (os finalistas da edição de 2000: Marcelo Guido e Mikka Hans; além de Kelly Messina) e mais dezoito competidores de outros países buscaram o título mundial na competição mais inchada e tumultuada que a Fundação já promoveu.
Mikka e Kelly fizeram campanhas muito convincentes, mas pararam nas quartas-de-final, o que de certo modo causou uma certa decepção na federação brasileira. Não em mim, em particular.
Ao contrário de 2000, não havia mais carnaval, festas ou nada que pudesse tirar o foco dos competidores que aprenderam bem rápido as lições de Guido e Mikka em Salvador, já no longínquo ano de 2000.
Competidores consagrados e promessas doravante bem determinadas estavam disputando a taça de uma forma muito voraz e nem sempre foi fácil de controlar os ânimos que se acirraram por demais...
Rivalidades regionais, conflitos de egos... Sobretudo um atrito entre gerações e os competidores mais jovens achavam que a competição ditaria a nova ordem mundial...
Algo não foi combinado e uma bela zebra (ou será que não?) aconteceu...
Da Hungria, a promessa do novo. A belíssima e estonteante Pandora Schippatti (com seus olhos cor de mel e suas microssaias rodadas) trazia consigo igual poder de concentração e um a bagagem cultural fabulosa.
Na fase de grupos, empate contra a brasileira Kelly (4 x 4); vitória contra a romena Kaelly (5 x 4); vitória contra o polonês Illie (5 x 3); empate contra a moçambiquenha Dominique (3 x 3); vitória contra o francês Clement (5 x 4); e uma massacrante vitória contra seu desafeto russo Rudolph.
O empate contra o japonês Akira (4 x 4) nas oitavas-de-final lhe garantiu vaga nas quartas-de-final, onde num novo confronto com a brasileira Kelly veio a vitória (5 x 4) e na semifinal, o holandês Nicholas não conseguiu evitar o seu passaporte pra grande final após a vitória (4 x 2).
Já o atual campeão mundial, o já chamado de velho, Marcelo Guido (agora um respeitado (será?) "quase fora de combate" chefe de família) representava o tradicional...
Vitórias passadas já eram vistas como lendas toscas por uma facção do CCLM e ouso afirmar que muitos sequer o respeitavam mais como ainda campeão do mundo...
Ledo e infeliz equívoco para esses...
Na fase de grupos, seis convincentes vitórias, sendo contra o francês Willian (5 x 2); o bielorrusso SeanPatrick (5 x 4); o australiano Thobbias (5 x 0); o britânico Bryan ( 4 x 2); a argentina Eloara (5 x 4 ) – que foi o confronto mais quente de toda essa fase –; e sucesso também contra o americano Irwin (5 x 0).
A vitória contra o russo Rudolph (5 x 2) nas oitavas-de-final lhe garantiu vaga nas quartas-de-final, onde num novo confronto com a britânico Bryan veio nova vitória (5 x 4) e na semifinal, o bielorrusso SeanPatrick, em tentativa frustrada de revanche, não conseguiu evitar o seu passaporte pra grande final após a vitória (4 x 3).
Um empolgante empate com aproveitamento total de 5 x 5 deu o título a Marcelo Guido, por sua melhor campanha em todo o torneio.
Tudo exatamente como em 2000... Muita emoção, desabafos idem...
E a aposentadoria em que até hoje nos deixa tantas saudades...
2005... Um mundial pra ficar nas cabeças dos mais apaixonados que dizem que esse fora melhor que o antecessor.
Particularmente penso o contrário, mas... “Guido foi mais do que um competidor que quis um último brilho antes do cair do pano”. Justo, leal, cordial, responsável, ainda muito mais perseverante e sempre passando por cima de suas feridas sem fim pra ser o filho que qualquer pai se orgulharia...
Principalmente para o Sr. José Guido Pereira (falecido em fevereiro/04).
Uma promessa foi cumprida com a taça dourada...
Aquele mundial foi inquestionável de ponta a ponta...
Venceu o melhor naquele momento, o melhor de todos os Lírios do CCLM e em todos os tempos...
Foi mais bem sucedido o meu “filho” mais adorado, o melhor general do legado de Hernani Sanches...