OS IMPEDIDOS DE DESCER AO INFERNO JAMAIS FARÃO IDÉIA DO PARAÍSO (Dostoievski)
Camanducaia, nas últimas décadas, vem sendo convertida numa "babilônia" em que os valores são invertidos com a mesma naturalidade de quem transa numa relação conjugal.
Assistimos fatos que assustam mais pela sua "banalidade" do que por sua "consequência terrível" que algumas "personalidades de plantão" tanto adoram fazer friso.
De modo hipotético, passemos a um prático exemplo que pode ser bem real: dentro de uma empresa, duas pessoas desempenham idênticas funções, uma por méritos próprios adquiridos após anos de estudos... Outra por possuir laços de amizades com determinados chefes da aludida empresa. O primeiro é privado de seus direitos fundamentais, perseguido e, mesmo assim, apesar de todas as adversidades, desempenha suas atividades com brilhantismo. O segundo, no entanto, não: leva "nas coxas" suas tarefas, descumpre normas, mas faz a função ASPONE e alfineta o primeiro para que seu equilibrio se dilua. Até que certo dia, finalmente, consegue sua maior ambição: a destruição do primeiro: pura e simples... E depois? O que acontece? Nada. Todos os que permanecem são prejudicados, esses transpassam suas amarguras ao desempenho de suas obrigações. Os consumidores ficam descontentes com a qualidade do produto e a empresa se condena à falência. Saldo final: todos destruídos e o causador da desgraça abandona o barco antes do naufrágio e já avista outra vítima...
Aprendi que a inteligência é um dom que somente vale quando a utilizamos para o nosso bem e, também, para o bem coletivo. Isto é a "Liberdade Consciente", ou seja, pular os muros, mesmo que às custas do próprio sofrimento. Ninguém vive sem liberdade e esta, por sua vez, causa sérios conflitos. E os conflitos ocasionam a célebres batalhas, desde que conscientes. Para que, unicamente assim, os tragicômicos que pretendem criar vilões em seres "do bem" e que querem beatificar "demônios" sejam, pois, ejetados para um local onde apenas poderão fazer mal a si mesmos: o inferno de suas próprias almas nojentas e doentias.