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Artigos-->O pau da bandeira -- 24/08/2009 - 09:48 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O pau da bandeira







Dizer que o povo de Tupinambicas das Linhas era frouxo significava preparar as canelas para uma fuga rápida ou tentar o enfrentamento. Para que isso ocorresse – o confronto - o instigador deveria ser hábil em livrar-se das tijoladas a que estaria sujeito.

Naquela cidade ninguém era tão mole assim. Desde Jarbas, o prefeito caquético testudo, espertíssimo na manipulação dos resultados das licitações, até Tendes Trame o deputado inteligente, que amealhava fundos superfaturando os preços de ambulâncias, todos tinham altas doses de pertinácia.

A tia Ambrosina, velha amiga da vovó Bim Latem e cúmplice nos assuntos das reuniões, nas sedes da Seita Maligna do Pavão Louco, não se cansava de afirmar serem os machos tupinambiquences os mais fenomenais e altaneiros daquela região do Estado de São Tupinambos.

Ambrosina garantia que aqueles homens enormes, com as cabeças ornadas já com os cabelos brancos, de pele alva e muito irritadiços, ao agredirem as crianças às ocultas, não deixavam de ser dignos da hombridade. Afinal, garantia a titia, as violências contra os menores indefesos, serviam de compensação às frustrações causadas pela contenção da ira destinada aos adultos usurpadores.

- Sebe, meu neném – dizia a titia Ambrosina, quando se via rodeada por puxas-saco – antes ver uma criança sendo punida injustamente, em surdina, do que dois homens se estapeando escandalosamente no meio da rua.

E quando alguém lembrava à velha senhora ser provável que o pequeno ser não poderia sequer imaginar os motivos das hostilidades, ela respondia que alguém deveria pagar pelo desconforto material da família. E que fosse sempre uma criança, a sofrer com a loucura dos adultos, pois a repercussão negativa seria menor.

Muitos, porém afirmavam que naquela cidade, a única coisa firme com a qual o povo podia contar era com o pau da bandeira. Ninguém nunca ousaria dizer ser o pau da bandeira um pau mole.

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