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Artigos-->HOMENAGEM AO BAIRRO DE PINHEIROS -- 30/08/2009 - 01:49 (Roberto Stavale) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje o bairro paulistano de Pinheiros é um dos mais destacados da cidade, devido ao pluralismo de suas vilas famosas, como a Vila Madalena. Além de clubes, comércio, livrarias, centros culturais e, principalmente, a vida noturna, com bares e restaurantes para todos os gostos.

Mas, como surgiu esse local famoso?

Com a fundação de São Paulo em 1554, pelos jesuítas, o centro nevrálgico do pequeno povoado fez com que muitos indígenas fossem habitar terras distantes, a atual região de Santo Amaro e Parelheiros.

Com eles seguiram vários jesuítas.

Os rios Pinheiros e Tietê foram os principais responsáveis pelo surgimento dos primeiros bairros distantes do centro. Entre eles, Pinheiros.

No início os jesuítas chamaram o local de Vila dos Farrapos, depois, Aldeia dos Pinheiros, e mais uma mudança para Nossa Senhora dos Pinheiros, embora o local não tivesse árvores do gênero.

A taba principal dos indígenas da região situava-se onde hoje é o Largo da Batata, devido à topografia mais alta das margens do rio Grande – depois, Pinheiros – o que evitava as frequentes inundações.

Os povoados ribeirinhos passaram a se multiplicar, principalmente com as Entradas e Bandeiras.

Fernão Dias Paes Leme recebeu a sesmaria onde se localizava o lugarejo de Pinheiros de Pedro Góes, em 1584, doada por Martim Afonso de Souza. Na região, o Caçador de Esmeraldas, e de índios também, tinha uma fazenda apenas para abrigar centenas de nativos capturados Brasil afora, para servirem de escravos, antes da chegada dos africanos no Brasil.

Como os jesuítas eram contra a escravidão dos gentios, Fernão Dias expulsou, temporariamente, todos de São Paulo.

Outro ponto de crescimento do bairro foi a antiga estrada de Sorocaba, que começava na igreja da Nossa Senhora da Consolação, subia a rua da Consolação até os altos da atual avenida Paulista. Daí, descia rumo à confluência do Tiete com Pinheiros, pelo conhecido caminho de Pinheiros, onde a travessia ocorria sobre uma precária ponte de madeira, e seguia até Sorocaba.

Este caminho serviu para a vinda de boiadas e outras mercadorias puxadas em lombos de burros.

Com a escravidão africana o local foi tomado por pequenos quilombos de negros fujões que se organizavam para partir para os quilombos maiores no interior do Estado.

Atualmente onde está localizada a Usina da Traição no rio Pinheiros, local do afluente córrego da Traição, era lugar de muitos assaltos seguidos de assassinatos. Com isso o local ficou conhecido como Traição.

Até hoje, na região, há a Estrada da Boiada.

No final do século XIX e começo do XX, o local era inóspito e violento. Pessoas de outros lugares chamavam Pinheiros de Risca Faca.

O bairro começou a se destacar com a construção da Sociedade Hípica Paulista por volta de 1920.

Em 1938, começou as obras do Hospital das Clinicas, oriundo da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo;

Mesmo com as maiores dificuldades financeiras, o Hospital da Clinicas em Pinheiros, recebe diariamente centenas de pessoas carentes e, é considerado o maior complexo hospitalar da América Latina.

Pouco a pouco, acompanhando o ritmo da cidade que não para de crescer, Pinheiros cresceu e hoje é um exemplo de urbanização no conceito mundial.

Parabéns a Pinheiros, aos seus moradores e frequentadores pela passagem do seu quadragésimo centésimo nono aniversário.



Roberto Stavale

Agosto de 2009.-

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