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Artigos-->DESAVENÇAS -- 01/10/2009 - 16:25 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








DESAVENÇAS



Padre João Modesti




Existe na natureza uma planta que o povo chama de “dormideira” ou “mimosa pudica” porque ao menor toque suas folhas se encolhem por determinado tempo, Infelizmente entre os homens, o célebre animal racional, imagem e semelhança de Deus, acontece a mesma coisa. Por um nadinha, há pessoas que se irritam facilmente, reagem violentamente. O que provocou foi talvez uma brincadeira, uma palavra fora de lugar, um gesto pouco delicado, um cumprimento negado por distração. O resultado será uma inimizade quando não um ódio. Não há dúvida que certas brincadeiras de mau gosto, ou outros atos de somenos importância podem provocar inimizades e deveriam ser evitados, em se tratando de certas pessoas, que são “mimosas pudicas”. Mas se acontecer, não custa um pedido de desculpas. O que dói é que a “mimosa pudica” não quer saber de esquecer e nem de desculpar.



Isso se dá em todos os ambientes. Basta ver o acontece atrás dos cenários de um teatro entre artistas; nas discussões sobre determinados jogos, nas discussões sobre política, na divisão de heranças e pior até em ambientes religiosos onde deveria imperar a fraternidade cristã. Por da cá aquela palha muitos deixam de prestar seu trabalho para sua igreja por uma quizília qualquer. E alguns, cristão somente de nome, chegam até a abandonar a doutrina da sua igreja e passar para outros arrais religiosos.



Como é bela a cena do Evangelho. Cristo responde delicadamente a uma pergunta de Caifaz. Um cortesão para agradar seu patrão dá uma bofetada no rosto de Cristo. Este com mansidão responde: “Se eu respondi mal, prova; mas seu não o fiz, por que me bates?”.



Tudo isso torna-se mais doloroso quando essa reação da “mimosa pudica” passa de geração em geração de tal maneira que a plantinha torna-se uma árvore gigante deixando no seu crescimento rastros de sangue e luto.



E a maioria se diz cristã. E rezam de vez em quando o “perdoai nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos têm ofendido”. Que hipocrisia! Que religiosidade!



Cristo dissera um dia: “Não aquele que diz Senhor, Senhor é que entrará no Reino do Céu, mas aquele que faz a vontade do Pai celeste”. E a vontade do Pai é uma só: perdoemos reciprocamente nossos erros.



Que nossa oração cotidiana seja: “Senhor, livrai-me da língua má e que a minha jamais seja instrumento de ofensa”.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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