DIVERSÕES

Padre João Modesti



Entre os direitos que um homem tem, está o direito ao lazer. O próprio Deus deu ao homem o encargo de trabalhar seis dias na semana e descansar no sétimo dia. Aliás, o corpo, que é matéria, precisa de repouso para se refazer das fadigas. O próprio São João Evangelista, já velho foi visto brincar com um pássaro. Alguém se admirou disso e ele respondeu que “que corda sempre esticada, pode arrebentar”.



Mas há diversões e diversões. Algumas realmente descansam o corpo e dá também um bem estar para o espírito. Mas há outras que, infelizmente, começa a nova semana mais aborrecido do que quando terminou a anterior, embora dando repouso ao corpo (se é que lhe dá) deixa o espírito perturbado. E o homem. Durante a semana muitas vezes o nosso EU se desequilibra pois muitas coisas desagradáveis podem acontecer. A diversão do domingo restabelece esse equilíbrio. Mas certas diversões aumentam esse desequilíbrio.



Uma das diversões mais agradáveis é o convívio de toda a família que nem sempre é possível durante a semana. Nesse convívio como é agradável saber os acontecimentos bons ou que cada membro da família teve que passar.



Há comentários jocosos, há conselhos, há animação, enfim há o espírito de família que é a maior diversão. Mas quando a casa em vez de ser um lar é uma jaula, o domingo será o dia mais triste, porque somente se ouvem palavras de discórdia. Que diferença entre as duas famílias para começar a nova semana.



Há outras diversões, após a qual o homem se sente orgulhoso de pertencer à espécie humana, ao contrário de outras pelas quais o homem se sente mais animal. Diz lá o Livro Santo: “Servi ao Senhor na alegria”. E um jovem aluno do grande educador Dom Bosco dizia ao seu colega novato a respeito do colégio: “Aqui fazemos a santidade consistir em estarmos sempre alegres”.



Essa é a diversão a que o homem tem direito. A outra não é direito mas sim simplesmente um abuso.





Padre João Modesti (1919-2005), Sacerdote Salesiano, professor de Física, Química e Matemática; Psicólogo doutorado pela Universidade Salesiana de Roma; autor com variada produção literária para cursos secundários e superior, de índole filosófica-religiosa.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.