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Artigos-->A VIAGEM. -- 02/11/2009 - 19:16 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131420478147381600
A VIAGEM.

Ana Zélia



É noite alta, singramos a partir de agora o Negro que banha Manaus.

É lua cheia. O rio está lindo, lindo...

São ondas penetrantes na água. Tua beleza se faz refletir do alto cá embaixo, o jogo da mistura se faz sentir. É o encontro das Águas, de um lado o Rio Solimões, com suas águas barrentas, indo ao encontro do Rio Negro. Logo será Amazonas.



Responde-me depressa: Quem te deu tanta força?

Ao longe um farol acesso num piscar constante, diz que perigo está lá, passe longe.

Ah! Um Constellation em 1953 foi ao fundo e de lá não retornou, todos mortos...



Ondas, espumas como cervejas borbulhantes, capins ambulantes.

O abraço do Negro com o Solimões que como amantes brigam, relutam em ceder um cantinho ao outro, ambos precisam de força e mais força, caminhos fechados.

Águas de cores amareladas e negras passam uma por cima da outra.



É guerra de gigantes. Aqui não há perdedor. Há cessão apenas...

Dois rios enormes com a força do amor se cruzam e não se entendem.

É um elo, um abraço, um remanso, um laço de amor que vem e que passa.

É o Negro, é o Amazonas que agora prevalece, é o mais forte.

Junção de tantos até o mar, até lá teremos o encontro do Tapajós, verde-esmeralda.



É a presença de Deus em tanta beleza, céu, terra, lua, água.

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Bordo do Catamarã “Amapá!”, 29/04/1994n 23h.

Cruzamos o Encontro das Águas, 18km de Manaus.

Nota da autora- A extinta ENASA, tinha 5 catamarãs, Rondônia, Roraima, Amapá, navios regionais, e dois turísticos, Amazonas e Pará, fiz 99 viagens. Hoje só resta o Rondônia que pertence a outra companhia e que continua ligando pessoas, estados, vidas. Saudades e revolta num crime que puniu o Brasil. Ana Zélia 02.11.2009













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