Preste atenção nestes pequenos acontecimentos do nosso cotidiano neste que é dito um país que não ostenta preconceitos:
Uma pessoa passa na rua e pede uma informação qualquer a uma outra:
- Por favor, você sabe onde fica o fórum da cidade?
- Ah, primeiro você entra aqui nesta rua e... Está vendo aquele negrinho ali parado na frente do carro? Então, conta duas casas depois que você chega lá...
E quando algum homem com trejeitos efeminados passa por algum lugar movimentado? É quase impossível que ele passe sem escutar um "Ih, olha lá o mariquinha!"
Fora também quando você tem uma opinião e quer debatê-la com alguém mais velho e no máximo o que você escuta é um "Fica quieto aí, ô pirralho!"
Atitudes como essas descritas acima são tão rotineiras que a gente nem mais as considera preconceitos.
Quem nunca se viu numa situação dessas, seja sofrendo essa "classificação" ou praticando-a, mesmo que por brincadeira?
Pois é, o ano é novo, o século é novo e o milênio também. E o preconceito? Ainda existe?
Esta pergunta não é difícil de encontrar a resposta: O preconceito existe sim.
Além de existir, ele se ramifica em diversos tipos de manifestações.
Tem preconceito racial, religioso, pátrio, sexual... E vários outros que se fossem listados ia parecer carta de "te amo" de fã para artista.
O que interessa é mostrar como podemos identificá-lo e o que fazer para erradicá-lo.
Veja este exemplo: Pense em um escravo, olhando para você.
Eu aposto o que você quiser que o escravo que você imaginou era negro, certo?
Então, esta é uma forma de preconceito implícito, nós já fomos condicionados desde pequenos a pensar desta forma – claro que indiretamente – e isso não tem nada a ver com a raça a qual você pertence. Mesmo sabendo que existiram escravos brancos, é praticamente automático pensar deste jeito.
Com isso a gente percebe que esse tal preconceito não está presente somente lá longe e sim, perto e até mesmo dentro de nós.
Na Primeira Guerra Mundial, inúmeros judeus foram mortos: Preconceito.
Movimentos como o dos "Skin Heads" e "Ku Klux Klan" se proliferando: Mais preconceito (e estes muitos mais graves, pois partem de um princípio violento).
É triste saber que a realidade do mundo é esta.
Mas por outro lado, é compensador saber que existem pessoas que estão dispostas e lutam para transmutá-la.
Este é o caso das ONG’s e outras iniciativas que asseguram seu público combatendo a todas as formas de preconceito.
Se deixando levar por ele, quanta cultura a gente desperdiça. Quanto conhecimento nós deixamos de adquirir, quanto calor a gente deixa de receber, quanta gente deixamos de amar...
O mundo é mundo porque reúne incontáveis características (e estas são feitas pelas pessoas).
Cores, tons, línguas, bandeiras, sabores, tamanhos, pesos, sentimentos, ideais... É nesta pluralidade que se encontra a beleza da vida e, para bem vivê-la, é preciso aceitar as diferenças.
Homo, bi ou heterossexual? Bíblia ou Alcorão? Israelita ou Palestino? Branco ou negro? O que importa?
Todos constituem uma única raça: A raça HUMANA.
Os contrastes que devem gerar a harmonia, a boa convivência.
Portanto, esteja aberto ao novo, respeite as pessoas pelo que são e não pelo que escolheram.
Agindo desta forma estaremos contribuindo para uma sociedade muito mais justa, igualitária e feliz.