Nos últimos anos ouvimos dizer sobre o crime humanitário que os iranianos vêem cometendo na produção de armas nucleares ou enriquecimento de urânio para fins pacíficos.
Porem ao mesmo tempo a grande mídia aliada ao pensamento capitalista traz apenas dizeres norte-americanos entre outros países aliados dos estadunidenses que levam em consideração a preocupação com o bem estar da humanidade.
Daí começa a levantar algumas questões fundamentais sobre o porquê do fortalecimento bélico e o para que sirva da soberania de uma nação.
Se formos levar em consideração a história da soberania, de acordo com Jean Bodin, soberania refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna. É o fortalecimento e independência de algo ou alguém sobre algo ou alguém. É a forma mais límpida de dizer que um país possa representar pelos seus ideais e interesses, buscar de sua forma resolver suas questões internas e expressar externamente sobre suas decisões qual interessam primeiramente a sua população residente.
Portanto este conceito é o tempo inteiro descartado quando falamos dos inimigos do governo estadunidense, desde que sua soberania se subalterne a americana qualquer país pode pensar em comer como quiser, sendo que siga a cartilha liberal.
Para que ser um país se não puder fazer suas próprias escolhas, no fortalecimento da guerra ou na manutenção energética de seu estado constituído (de democracia deixo para a rainha da Inglaterra responder, pois a família real está no poder inglês a mais de séculos).
Portanto pensar políticas de fortalecimento bélico ao Irã é questão de sobrevivência se partir a observar a visão dos analistas internacionais possivelmente mais “neutros” do que da grande mídia, o fenômeno da instabilidade política e militar não está na cota iraniana, sendo que nos últimos dez anos o único país a abrir duas frentes de guerra foram os Estados Unidos.
Não satisfeitos em abrir duas guerras, ainda anunciam publicamente seus inimigos internacionais, propõem sansões econômicas, dialogam com outros países com arrogância, propiciam em seu discurso a falta de boa vontade em relação as questões ambientais, entre outras falácias que a história lembra as armas químicas inventadas para a invasão do Iraque, Guantánamo e seu mausoléu de torturas, o Vietnã, as ditaduras latino americanas. Podemos ser até mais explícitos em porque duas explosões nucleares? Duas em solo Japonês que praticamente estava em desertar da segunda guerra.
A questão não é se armar ou não se armar, pois Zun Tsu dizia que a maior defesa muitas das vezes é o ataque, e por questão de soberania devemos deixar ao Irã decidir o que busca de seu enriquecimento de urânio. Afinal como palavras do último presidente norte-americano, o Irã é declarado publicamente inimigo número um acompanhado da Coréia do Norte e da Palestina, inimigo de um país que nasce dizendo que respira em seu ar a liberdade.