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Artigos-->Rasgando o verbo -- 12/04/2010 - 21:39 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Rasgando o verbo



Waldir José Remédio



É simplesmente estarrecedor o texto da homilia do padre Paulo Ricardo (Um padre sem papas na língua), transcrito integralmente, no último domingo, nas páginas do “Já”.



Quem não leu deve ler, para não perder um desabafo dos mais sinceros e dignamente coerentes.



O pronunciamento desse padre eleva à quinta potência tudo o que se pode e se imagina esteja acontecendo ultimamente no concerto das atividades governamentais, face o perigo que representam as ações em andamento e principalmente em razão do Decreto sobre Direitos Humanos do Presidente Lula. Que, aliás, disse ter assinado sem ler.



A ousadia e coragem em dizer tudo o que ali está, em letras a não deixar qualquer dúvida, assombra e nos deixa perplexos ao mesmo tempo.



Ainda mais sabendo pertencer referido sacerdote à hierarquia da Igreja que preza respeito e obediência à escala de valores, não só a valores cristãos, morais, educacionais, etc., mas à funcional, vale dizer de subordinação.



Como sabemos, a nenhum padre é permitido falar em nome da Igreja. Essa prerrogativa é da CNBB, pelo menos em nosso país, mesmo assim com o consentimento superior do Conselho Episcopal, ouvindo a Santa Sé.



Mas padre Paulo Ricardo falou e rasgou o verbo. Dando ênfase em sua voz diz que “... criminalizar essa minha opinião é criminalizar o cristianismo”.



Defendendo com vigor os atos que a Igreja abomina, alinha um por um todos eles e critica, inclusive, a omissão dos srs. Bispos ao falar da gravidade desse Decreto presidencial e textualmente fala que “... o barulho que nós ouvimos feito pelos srs. Bispos do Brasil, que graças a Deus estão protestando, mas não estão protestando com a veemência que deveriam protestar”.



Sem subterfúgios, sua fala resvala na história ao pronunciar que “É necessário que a Igreja Católica erga a sua voz contra essa infâmia que clama aos céus”, para concluir que “Se algum padre ou algum bispo pretende ser prudente e guardar o silêncio eu não guardarei. Porque não quero entrar para a história como os bispos que, covardemente, não levantaram a voz quando Hitler começou a governar a Alemanha em 1933”.



Sem a pretensão de entrar no mérito do que disse esse padre, gostaria de alinhavar os tópicos principais dessa sua fala, que são vários, mas sem dúvida perfeitamente pertinentes à vida brasileira, até ao observador mais comum e desinteressado.



Com justificada razão é destacada a questão do aborto, o “casamento” de pessoas do mesmo sexo, a invasão despropositada de terra, o ateísmo, os políticos e os partidos políticos, até do judiciário, etc., onde a opinião desse padre é expendida de forma clara e objetiva.



Tenho a absoluta certeza que o pronunciamento desse padre, se levado na devida conta por quem a carapuça servir, provocará enorme celeuma.



Porém, com o respeito que deve merecer, eis que estamos em uma democracia, não tenho a menor dúvida que se deva observar (e ele observou) a máxima de que, na vida, só há duas coisas que o homem perde uma só vez: a vida e a honra.



Se ele perder a vida, já que foi ameaçado de morte, a honra não perderá.



Fonte: JÁ – Jornal de Ágora/Artigo, Araras (SP), Domingo, 11/04/2010, página 9.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.








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