Saimos do ventre; saimos da barra da saia de nossas mães, saimos ,as vezes, até de casa. Quanto mais audaciosa é a nossa natureza, saimos em busca de tesouros. Saimos à procura da essência da vida, como Zaratustra (Nietchze), e, ao descermos do isolamento do monte, após anos de meditação é que percebemos que tudo que procuráva-mos estava aqui, o tempo todo; tão perto que acabava por nos desnortear do rumo a seguir, porque somos tão pequenos que não cremos que o melhor pode estar dentro de nós e, quando conseguimos enxergar o quão longe fomos em busca de algo que sempre esteve conosco, aí retornamos, não mais para o interior do ventre, mas para o lugar que, de fato, nunca nos ausentamos; retornamos a si. |