“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. (Filipenses 4:8)
Apresento, neste nosso encontro, caro leitor, um tema e um pequeno poema. Evidentemente que não vou esgotar nenhum assunto aqui. Não tenho a pretensão e nem capacidade para tanto. Também não é este o nosso objetivo.
Vamos ao trabalho. Digo vamos, porque é isso mesmo. O ato de escrever se completa com o ato de ler. O texto sempre é feito a quatro mãos. Ele começa com quem escreve, mas continua com quem lê. Nesse sentido, eu e você, começamos aqui uma parceria.
Neste momento, quando você está com os olhos grudados em cada uma das palavras que coloquei no papel, perceberá que, da mesma forma que tive que pensar para escrever, você também é levado a pensar à medida que lê. É exatamente aqui onde eu queria chegar: no ato de pensar. Este é o tema que escolhi para esta edição.
A bíblia, a Palavra de Deus, em Filipenses 4.8, nos dá um bom conselho. Ela nos orienta a exercitar nossa capacidade de pensar com pensamentos de qualidade. Aliás, qualidade de vida é a palavra do momento. Todas as nossas ações começam no pensamento. Creio ser esta uma das razões para esta orientação.
A condição de ser pensante, que nos coloca também na condição de ser criado à semelhança de Deus, o Criador, é algo extraordinário.
Pensar é uma prerrogativa que Deus deu ao ser humano e que não podemos permitir que ninguém nos tire. No meu poema-título do livro “Contraponto”, que apresento a seguir, faço uma reflexão sobre esse aspecto.
CONTRAPONTO
O cúmulo do contra-senso
é permitir
que o suposto bom senso
impeça
o ser pensante
de pesar
o pensamento.
Entanto, contra fato
não há
contra argumento:
contrapor-se à conjuntura
requer certo grau de loucura.
Há, contudo
(sem vaidade e sem culpa
que a arte tem mão dupla)
um ponto convergente:
O contraponto
dos acordes da melodia
que nos aproxima
e nos diferencia
no cantar
e no viver
a canção do dia-a-dia.
O primeiro grande desafio é pensar no outro. Considerar suas necessidades, suas carências, suas qualidades e, sobretudo, pensar no quanto Deus o ama.
Pensar no outro a ponto de compreender que, além de suprir minhas necessidades e de minha família, a melhor motivação para o trabalho é trabalhar para ter com o que ajudar ao outro, como recomenda a Palavra de Deus.
“antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado”. (Efésios 4.28b.