Em balanço de fim de ano, por cá, a leitura de jornais diários aumentou sensívelmente e embora os dois últimos anos hajam sido estagnantes a expectativa aguarda mais leitores.
Em 2000 os portugueses foram na Europa os que menos acorreram à imprensa diária, mas em índice geral de leitura colocaram-se à frente de ingleses e suíços. Da Associação Portuguesa de Imprensa, Rui Cádima tenta explicar a retracção dos portugueses aos jornais diários: "Nos últimos 30 anos surgiram muitos títulos de perfil semanal que habituaram o público português à leitura não diária". Eu opino mesmo que a inserção dos jornais diários na Internet contribuiu também um pouco para a descrita panorâmica e que, pelo contrário, revela que os portugueses continuam a ler, mas mais barato, pois!
No entanto, constata-se que, em termos de média europeia, estamos num nível bastante baixo. Cádima discorre: "A recuperação da taxa de alfabetismo, o reforço da escolaridade obrigatória, a existência de maior número de pessoas com mais estudos, ou seja, o desenvolvimento do factor educativo tornou expectável uma evolução positiva na leitura de diários nesta última década em relação à anterior.
Por consequência, pouco, mas vamos melhorando na arte de bem prezar o verbo de Camões.