É duro ter nascido e morar em um país de faz de contas.
É duro que agüentar e engolir tanta besteira protagonizada pela classe política, que infelizmente, é eleita pelo povo.
Foi preciso fazer um projeto para criar uma aberração de lei chamada de “Ficha Limpa” para tentar barrar a candidatura de bandidos que deveriam estar na cadeia.
O cidadão comum, mesmo sem ter a ficha suja vai para a cadeia por qualquer motivo.
Nos países onde a justiça e a lei são menos imparciais, um simples romance extra conjugal derruba altas autoridades dos governos.
Aqui, garotas de programas são contratadas como “acompanhantes de executivos” e frequentam os gabinetes acarpetados do poder.
E tudo pago com o dinheiro do contribuinte.
Agora os idiotas estão falando em criar outra aberração: uma lei para ensinar os pais educarem os seus filhos, proibindo-os de dar uma palmada ou um pequeno beliscão.
E o que é pior, com o respaldo de profissionais da psicologia e psiquiatras, que, na minha opinião são médicos de elite, pobre dificilmente tem acesso a estes profissionais.
Está mais cristalino do que nunca, que pais de verdade não agridem seus filhos por prazer ou por motivos banais.
É sabido que filhos bem educados levaram no máximo umas três ou quatro palmadas quando crianças.
Pergunte aos acima dos cinqüenta anos, como eu, se a maioria não agradece as correiadas, muitas vezes exageradas, dadas pelos nossos pais? Com raríssimas exceções, todos que levaram algumas palmadas na hora certa, se transformaram em cidadãos do bem.
Os tempos são outros, dizem os psicólogos, que na minha juventude eu nem sabia que existiam.
É claro que os tempos são outros, a modernidade veio para confinar nossos filhos na frente de uma tela fria e colorida com cores artificiais.
Mas, se os pais perderem o direito de educar os filhos, quem irá estabelecer os limites para que eles entendam onde começa e termina os seus direitos?
A rua?
O traficante?
As drogas?
A ignorância?
Aí então a geração sem limite vai continuar incendiando pobres nas ruas, e quando se tornarem adultos, enchendo as cadeias?
Temos o estatuto da Criança e do Adolescente que veio para engessar deveres e colocar em colisão, a criança e jovem com seus pais e professores, que amparados pela lei, praticam crimes única e exclusivamente pela certeza da impunidade.
É constrangedor ouvir de uma professora, que quando ela aciona o Conselho Tutelar para um aluno, dificilmente é atendida, mas, quando o aluno aciona para a professora, o atendimento é imediato.
Agora estão querendo aprovar esta lei idiota, para dizer aos nossos filhos, que temos obrigação de tolerar seus desaforos, e que não podemos repreendê-los, como e quando quisermos.
Há três anos, eu tive que pegar o meu filho de 17 anos pelo colarinho da camisa e encostá-lo da parede, para que pudesse entender que três horas da manhã não era o horário ideal para estar na frente de um computador vidrado em um joguinho idiota e que transforma nossos filhos também em idiotas.
De vez em quando, tomando uma cerveja juntos, damos boas gargalhadas quando lembramos este episodio, até hoje ele me agradece por ter se livrado do tal jogo.
Quem irá fiscalizar esta lei?
Condenar um pai ou uma mãe, por dar umas palmadas merecidas por um filho desobediente, chega às raias do absurdo.
E mais uma vez, psicólogos e psiquiatras vem com a balela que uma palmada pode deixar marcas no comportamento psicológico do filho.
Isto é verdade.
Deixa marcas.
De alguém que ama e quer que o filho cresça, sabendo respeitar o direito de todas as pessoas, independente a cor da pele, da idade, ou do saldo na conta bancaria.
Deixa marcas.
De alguém que ama e sabe que muitas vezes a palmada necessária dói mais nele que nos filhos.
Tenho certeza absoluta, que os pais que fizeram todas as vontades dos filhos, tivessem dado também algumas palmadas, milhares de jovens não estariam nos braços das drogas e da violência.
Tenho certeza absoluta, que se todos os pais que espancaram os seus filhos tivessem dado apenas palmadas na hora certa, muitos jovens não estariam abandonados em abrigos ou se drogando, prostituindo e roubando pelas ruas.
Não tenho filhos na idade de levar palmadas, se tiver netos, não pensarei duas vezes quando elas forem necessárias.