E continuam os assaltos, os roubos, furtos, as matanças generalizadas de cidadãos indefesos por todo este país chamado Brasil. É mesmo uma brasa ardente a vida neste país. E o povo parece apreciar enquanto não seja a próxima vítima. Pessoalmente nunca acreditei em bala perdida, perdidos estamos nós, cidadãos santificados pela falta de reclamação ou de cobranças das autoridades de um empenho maior com referência às leis maternas e angelicais de nosso país, deixando nós, o povo, à mercê da fúria dos criminosos, os quais agem de forma semelhante aos SS nazistas de Hitler.
Esta situação existe porque são poucos com a coragem de reclamar, com exceção deste articulista, que há muito já o faz e assim vai surgindo aos poucos em certos jornalistas – como ocorreu com o Datena e o Paulo Negraes – uma visão mais preocupante da triste e trágica realidade brasileira movida exatamente em razão de leis absurdas, criadas por políticos fajutos para satisfazerem a roubalheira deles políticos.
Até o cidadão comum assaltado tem a opinião – também comum – de que o assalto é coisa normal e natural. E aí vem a preocupação de riso amarelo: “desde que não aconteça comigo”. Mas, acabará acontecendo. Nossas leis são favoráveis à criminalidade simplesmente porque são demasiadamente mansas, dando ao bandido a certeza da impunidade. Nada mudou desde o século anterior ao passado, vigorando vergonhosamente um Código Penal dos mais absurdos do mundo inteiro. Aliás, um código que prejudica as vítimas, ou leva as vítimas a serem culpadas pelo estupro, pelos assassinatos praticados pelos bandidos, uma vez que o criminoso é preso e em pouco tempo sai livremente da prisão, ou para a lambança da mamãezinha, ou para recomeçar sua vida de crimes. É ou não é o cúmulo da vergonha nacional? Se é que temos vergonha. Só temos vergonha quando perdemos a Copa! E nós perdemos feio, ou bestamente falando.
Não há em hipótese alguma a sombra da mudança. O país gosta e aprecia essa situação vergonhosa, desde que “alguns cidadãos” não sejam as vítimas. Quando ocorre a violência do assalto com um cidadão que “ama o Brasil”, há uma descoberta da real falta de segurança no país. Então a vítima passa a pensar como tenho pensado e publicado em meus artigos, visto que a ficha acabou caindo para essa vítima. A polícia não dá conta do excesso de criminalidade. É um caso atrás do outro. O Brasil corre o risco de se transformar no país dos criminosos, posto que até uma boa porcentagem de políticos é essencialmente de criminosos, acostumado a roubarem da população que vota neles. A diferença entre nós e a Somália é que lá se rouba para sobreviver. Aqui, mata-se e rouba-se para pular carnaval, festejar a Copa do Mundo e quaisquer outras imbecilidades, levando o povo a um delírio, ao excesso de paixão e a uma verdadeira loucura. Tudo isso enquanto não for assaltado e assassinado por um bandido que também “ama o Brasil”, mas é frio, calculista e mais esperto.
O tráfico de drogas já se tornou absoluto em sendo a maior causa da criminalidade. O governo brasileiro do PT nada fez contra essa anomalia social, mesmo porque o próprio presidente Lula, amigo de Chavez, não teve a coragem de renegar as Farc colombiana, um exército que luta em prol das drogas. Nosso país, se é que seja nosso, está nas mãos do narcotráfico. Vai-se transformando num pesadelo semelhante às regiões mexicanas na divisa com os Estados Unidos, lugar comandado pelos reis e imperadores do narcotráfico.
Não há futuro para qualquer país que adote as drogas como sendo as causas da destruição de vidas. Somos atualmente o paraíso das drogas. E não há política governamental com ênfase no combate mais acirrado. Volto a lembrar das eleições deste ano. É a grande oportunidade e serventia do eleitor votar em quem jure pela mamãezinha dele que irá combater os cartéis das drogas neste país. Mas, não acredito nisto. O povo como sempre votará nos mesmos “políticos”, mais por paixão do que por vontade política de melhorar o país. E então teremos para o futuro uma permanente visão caótica de drogas, roubos e assassinatos no país inteiro. Que Deus tenha piedade de nós!
Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, autor de PLEORAMA entre outros livros.
