Levei tanto tempo para construir este texto, entre a data de publicação e a de hoje - já são 24 de outubro... Era para falar da primavera. Não veio a inspiração, ou ela sobejava. Não sei bem... Às vezes acontece. Queremos dizer tantas coisas e as palavras não medem tamanho sentimento...
Nessas horas enreda-se o poeta e fica meio confuso, assim como o músico cujas linhas melódicas costumam embaralhar-se no instrumento. Olha eu, aqui, a falar de música como se entendesse do assunto. Não. Somente entendo do gostar e da leveza da alma quando ouço uma canção suave, dessas que faz levitar o coração e a mente alcança os recantos mais doces do Eden...
Se quer saber... Estou construindo este texto para não perder o hábito. Sinto falta de escrever, mesmo quando não há inspiração... Gosto de digitar e ver as palavras a dançar na tela do monitor. Volta e meia, lá vou eu desfazer uma frase mal-feita, ou um lapso causado pelo dedo que digitou uma sílaba, ou letra mais rápida que o pensamento e o conteúdo sai um desastre!
Coisas da escrita moderna. Juro que, às vezes, sinto falta do lápis e da borracha. Coisas que daqui a algum tempo serão pecinhas de museu. Eu já guardo algumas coleções bem bonitinhas, para os meus bisnetos; ao menos vão dizer: "Que bisavó querida... Lembrou-se de nós aqui, neste futuro tão remoto"... E lá vão eles para o google pesquisar sobre as coisas "do tempo da bisavó"...
Se percebeu, a inspiração passou muito longe, não? Falei de tudo. Menos do brinde ao amor, sequer da primavera, o que, na verdade, quer dizer a mesmíssima coisa... Amor, flores e primavera andam sempre juntos. E com eles, a vida fica mais bela, calma e doce... Minha mãe dizia que o amor é a própria vida. E ela tinha razão... A vida nada mais é do que um ATO DE AMOR...