As leis deveriam ser lógicas e evidentes. Se a criminalidade no Brasil alcança níveis altíssimos nas grandes e pequenas cidades, e vem aumentando de forma geométrica, é por que a impunidade, fator legal de nossas leis, é o principal meio para a manutenção desse terrível mau, cujo fenômeno alimentado pela facilidade do câmbio negro de armas de grande poder de fogo, vem abastecendo as quadrilhas em todo o País.
No Congresso Nacional não vemos legisladores preocupados com essa guerra à moda brasileira; fazem vistas grossas e continuam fazendo leis lenientes que somente aumenta a vantagem do crime, uma vez que o criminoso tem a certeza de que não será preso, e quando preso sabe que sairá dentro de pouco tempo. As lei lhes garante, em pouco tempo, a liberdade, quando são pegos com ou sem flagrante.
O fato é que estamos em guerra. Parece até que as autoridades escondem as estatísticas dos estados em todo o País. Há alguns meses fora divulgado que no Brasil, por ano são assassinadas 50 mil cidadãos, um montante superior às guerras do Afeganistão e do Iraque. No Rio de Janeiro, todos os dias temos notícias de tiroteios e balas perdidas que matam crianças, homens, mulheres e idosos sem que nenhuma autoridade venha propor medidas austeras para mudar esse estado de coisa. Políticos em campanha presidencial falam que resolverão o problema da segurança pública, mas não passa de sofisma e demagogia, porque são candidatos que já desfrutam de mandatos há vários anos e nada fizeram, mas continuam prometendo como se estivessem na política pela primeira vez, e o povo continua amargando com maus políticos que nada resolvem.
Quando do "referendum" para proibir o brasileiro de possuir a sua arma, tendo o povo votado contra a proibição, o povo deduziu que não havia segurança e optou em continuar com o direito de possuir a sua arma. Hoje, vemos que as armas nas mãos da bandidagem supera em muito o poder de fogo da própria polícia. O governo está totalmente inerme no controle de entrada dessas armas no País. São armas contrabandeadas de diversos países que chegam e passam pelas fronteiras tranquilamente chegando nas grandes cidades diretamente para as mãos de bandidos perigosos. Se o governo fiscaliza impostos pagos pelos contribuintes que fazem a riqueza deste País, como explicar por que não fiscalizar a entrada dessas armas? Fala-se somente na entrada de drogas, mas não se incomodam com a entrada de armas. Cadê as autoridades? Há mortes em profusão neste País, em todas as cidades, seja pequena ou grandes cidades, porém as autoridades estão ocupadas e preocupadas com viagens, em aumentar os seus subsídios, em reeleger-se, enquanto a guerra se alastra para pequenas, médias e grandes cidades que há pouco tempo eram calmas, mas agora cobiçadas por quadrilhas com possantes carros pela facilidade de fuga por rodovias e por helicópteros.
Enquanto a criminalidade vem se mostrando incisiva e demasiada agressiva, não há uma contra-ofensiva dos legisladores para deter a progressão da impunidade que garante ao infrator, ampla liberdade em continuar agindo, haja vista milhares de casos onde indivíduos perigosos que, ao cumprir 1/6 da pena, ganham as ruas e reincidem provocando dores e prejuízos à sociedade que legisladores e juízes não sentem e não respondem pela reincidência do criminoso ao dar a liberdade antes de cumprir totalmente a pena. O legislador não deve estar utópico.
O legislador deve estar ciente de que uma guerra se ganha com um exército de posse de armamento moderno superior ao do inimigo, deve também procurar aliados. Nesse mesmo parâmetro o legislador deve entender que a criminalidade em nosso País se deve combater com leis modernas, avançadas e fortes, afim de inibir e deter o potencial criminoso de seu intento retirando-lhe os respaldos de cumprir leves penas diante da monstruosidade e da gravidade do crime perpetrado que danifica e desmonta a família brasileira. Portanto, atenuar penas como as praticadas pela justiça, já temos os resultados, cujas lágrimas banham a mídia pelo apelo, pelo grito de socorro que nenhum legislador quer ouvir para mudar essa situação, o assassinato do povo brasileiro: 50 mil por ano! A sociedade tenta se defender, em muitos casos bandidos são baleados e mortos ao deixarem a cadeia.
A situação piora por culpa da leniência das leis feitas por congressistas pés-de-chinelo que só enxergam a reeleição, aeroportos, carrões, hotéis de luxo, subsídios com seus penduricalhos. Urge que tratem do assunto com a seriedade que o caso requer. Caso contrário será muito triste e difícil conter o que se verifica no cotidiano da vida brasileira: a guerra sangrenta nas ruas das cidades de nosso Brasil!