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Artigos-->SOBRE O ARTIGO DE PAULO NEGRAES -- 21/09/2010 - 13:45 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SOBRE O ARTIGO DE PAULO NEGRAES



O artigo “O perigo se aproxima” de Paulo Negraes, publicado em 14.09.2010 no jornal "Comércio do Jahu", página 2, é um verdadeiro clamor, um aviso, uma previsão que não é somente dele, Paulo Negraes, é também de muita gente que conhece política e já foi testemunha de acontecimentos antidemocráticos desde o século passado. A diferença é que a maioria do eleitorado é alienada. Porém, esta “muita gente” ainda tem um resquício de coragem que a maioria não tem. O brasileiro tem certa ojeriza com a política em razão óbvia de não acreditar em políticos.



Desde a proclamação da República através de um golpe militar que derrubou o imperador D. Pedro II, o povo brasileiro assistiu nesses 121 anos as promessas de panacéias de cada político antes de assumir o poder. E ainda hoje continuam tais prometeus da vida com suas panacéias mentirosas. O que noticiam nos jornais televisivos são as falcatruas, as roubalheiras desavergonhadas, dando péssimo exemplo aos cidadãos pobres e ainda honestos. Os jovens assistindo aos noticiários sobre tais e tais políticos ladrões acabam desejando copiar de alguma forma os péssimos costumes da politicalha de plantão. Estão errados, mas ensaiam os exemplos que vêm de cima. Começam furtando, roubando, assaltando e depois matando de forma covarde ao não respeitar a vida humana.



Para a sorte dos falsos políticos brasileiros o povo deste país aprecia e muito sambar, dançar, pular carnaval pelo tempo que puder, embriagar-se e sair dirigindo seu carrão sem dar atenção para quem está na frente. O Brasil é uma festa só e os políticos apreciam isso porque o povo esquece e é no esquecimento da política a chance dos políticos roubarem o dinheiro arrecadado da população alienada. Tudo isso porque o eleitor na hora de votar faz da urna um penico como diz o Faustão. Votar em qualquer criatura que se move e conta mentiras é de fato fazer da sagrada urna um penico.



Negraes diz com muita propriedade que “nossa carga de impostos, das mais altas do mundo, equivalente a mais de 170 dias de trabalho de cada brasileiro, é quase toda roubada”. E ele está corretíssimo justamente pelo fato de não testemunharmos a construção de obras necessárias; não melhorarem a saúde que está uma droga; não investirem nas estradas que estão umas porcarias; a educação vive seus piores dias; os prefeitos mais fazem turismo do que trabalham; a Petrobrás é uma empresa hoje que só dá empregos aos petistas; enfim uma lista enorme de malefícios dos poderes: federal, estadual e municipal. O Brasil deixou de ser aquele maravilhoso país, que nós desde criança ouvimos falar. Só ouvimos falar!



Meu mano, o Beto, também é outro que não têm papas na língua, no caso seria nos dedos, quando escreve no computador. No último artigo dele publicado em Picos, no Piauí, no dia 14.09.2010, cujo título é “Brasil em guerra”, há um trecho bastante atraente que passo a seguir: “O fato é que estamos em guerra. Parece até que as autoridades escondem estatísticas dos Estados em todo o país. Há alguns meses fora divulgado que no Brasil, por ano são assassinados 50 mil cidadãos honestos, um montante superior às guerras do Afeganistão e do Iraque. No Rio de Janeiro todos os dias temos notícias de tiroteios e balas perdidas que matam crianças, homens, mulheres e idosos sem que nenhuma autoridade venha propor medidas austeras para mudar esse estado de coisas. Políticos em campanha presidencial falam que resolverão o problema da segurança pública, mas não passa de sofisma e demagogia, porque são candidatos que já desfrutam de mandatos há vários anos e nada fizeram, mas continuam prometendo como se estivessem na política pela primeira vez, e o povo continua votando em maus políticos que nada resolvem”.



Mas, gostei também do Negraes quando disse: “A segurança pública também avacalhou! A Constituição de 88, elaborada pelos comuno-esquerdistas, foi a oficialização da impunidade. Bandido passou a ser herói e o cidadão honesto passou a ser bandido”. E ele tem razão. Ser honesto hoje é ser otário, ou gado vacum tocado de um lado para outro, sempre acuado pelos bandidos e pelos políticos, sendo boa parcela deles também bandidos disfarçados de políticos. Dou meus parabéns ao Sr. Paulo Negraes, um patriota dos pés à cabeça porque quem tem coragem de dizer o que pensa merece respeito e realmente ama este país e não esses artigos açucarados e repletos de figuras de retóricas para disfarçar.



Jeovah de Moura Nunes

Escritor e jornalista, autor de “Pleorama” entre outros livros.



















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