Salvo os anódinos que atulham de confrangedora inutilidade as prateleiras da Usina, e esses além da confusão que provocam não fazem mal a mosca, raro é o texto que não pingue fel concorrente aos pódios da glória vazia, essa espécie de ovo tão só encascado sem gema e clara.
Punhal por punhal, as palavras tombam afiadas a contorcer-se de invejidades (sabe-se lá porquê) sobre a florzinha colorida que de quando em vez surge ali e acolá. O desabafo mexeriqueiro é o prato forte que alimenta a sabichonice, parte maior da caserna aonde a soldadesca escritora se acotovela engelhada na baba aflita de mais uns pontinhos classificativos. E, desde a mais mesquinha atitude até à habilidade nutrida de esconso e depauperado carácter, na Usina há de tudo e de explosiva sobra: o paladar dos textos fazem fechar-se de azedume a língua de qualquer leitor desprevenido face à ambiência decorrente. Depois, o português é exímio, denunciador de paciente e maturada erudição, vindo das montanhas aonde os passarinhos fazem cocó sobre as belas maçãzinhas que apenas pendem à cobiça dos passantes que não passam.
Lê-se e sente-se que a tragédia humana íntima exala e ribomba através da poeira dos séculos, espectacularmente renovada, e há sempre as inopinadas criaturas recriadas, do tipo reaccionário de encomenda, que em nome de Deus ou sabe-se lá de quem, pois, vêm dizer-nos que estamos evoluindo no mais magnífico e sensato dos sentidos, ou a contra escrever-nos, se nos marimbarmos para o que escrevem. De intestinos retorcidos, o desabafo, que é o que deveras é a escrita popular, sai em crise, ora cegando, ora matando ainda mais Camões. Eu "não vou por aí"!