As eleições para o segundo turno cada dia que passa cresce em sua temperatura. Os dois candidatos rivais não se bicam e a cortesia vai aos poucos chegando ao fim. Nós, os eleitores, só temos a paciência para tolerar esses debates que não chegam a lugar nenhum, tudo porque os canais de TV querem cada um mostrar o charme desses debates já cansativos e na verdade não tem charme nenhum. Aos poucos vamos aprendendo que democracia também é entendida como o direito de não votar e que em nosso país temos a ditadura do voto, ou seja a obrigação enorme de votar. Aqui obrigam o cidadão a votar de modo inalienável. Em razão disso tem muita gente ainda que vota nulo. E com certeza é um voto consciente, de quem nunca admite a possibilidade de dar seu voto para políticos mentirosos. E no Brasil nem a busca de Diógenes acharia um que fosse verdadeiro no que diz e pratica. Portanto, o voto não deveria ser uma obrigação no Brasil. Mas, é obrigação e assim fere a democracia. Claro, só podia ser.
Nossa República não foi um ato popular, foi sim um golpe dos militares. E golpe é sinônimo de ditadura. Podemos dizer que nossa República é uma eterna ditadura.
Saiu no “Estadão” de segunda-feira, dia 11.10.10: “Qual a prioridade do Brasil? Ter governo e presidente focado no trabalho e no planejamento do bem-estar de todos, tanto no presente como para o futuro. Qual a prioridade do Sr. Lula da Silva? Não viajar tanto e eleger Dilma. O resto que aguarde a “real” atenção de sua majestade. (Mas, que ninguém pense em protelar o pagamento dos impostos. Aí a prioridade é inflexível!). Eis o retrato deste nosso desgoverno”.
Marli escreveu: “Chega de Hipocrisia, sou mulher, e acharia – repito – acharia ótimo ver uma mulher na Presidência. Mas uma mulher real, não esse robô! Cheio de mecanismos com defeito, ventríloqua de palanque que não consegue assumir nem o que verdadeiramente pensa. Nada contra mudar de idéia, quando se evolui. Mas não é o caso da mulher guerrilheira, que diz que não é guerrilheira, que estava por ali apenas vendo a movimentação. Não é o caso da mulher de esquerda com posições seguras, que agora acha que segurando o neto para o batismo convence os outros que mudou de idéia a respeito do mundo filosófico. Ela deve ter se arrepiada toda quando o padre jogou a água benta”.
Izabel Avallone escreveu: “Se no primeiro turno havia o que esconder, nesta fase é hora dos candidatos aparecerem e se revelarem ao povo. A candidata Dilma partiu para cima do candidato José Serra como se quisesse trucidá-lo. Falou em difamações e pregou a união das pessoas. Fiquei triste que o candidato José Serra não lembrou Dilma de que se há alguém que faz diferença entre ricos e pobres, não é ele”.
Laerte Pinto Barbosa escreveu: “Pessoal, não se desesperem não, vocês bem sabem que ``quem abençoa`` a candidata do governo é o ``pé frio`` do Lula. Portanto...”
Maurício, raivoso, escreveu: “Gostaria de pedir ao bando de petistas que pegou meu e-mail aqui, no Fórum, que parem de mandar as mensagens ridículas de vocês, pois não vou mudar o meu voto”. Eh! Eh! Eh! O Maurício é mesmo Serra e não abre! Os petistas bem que cansam de atormentá-lo!
E agora o comentário final: Dilma diz que vai criar em cada cidade do Brasil biblioteca e cinema. Quê droga: ela esqueceu de acrescentar a pipoca! Existe cinema sem pipoca, ou biblioteca sem uma “geladinha”?
Bom, como é “umas e outras...” sem o padrão e a etiqueta de um artigo a gente colocou aqui a opinião de algumas pessoas que lutam há anos para mudar. Poderia citar aqui dezenas de pessoas que lutaram e lutam através de informações na internet, no intuito de retirar este partido político do poder, porque é muito evidente que nós, quando formos dormir numa suposta democracia, depois de uma boa noite de sono, acordemos numa ditadura. Para quem pensa matematicamente já sabe quem é o melhor: talvez os dois. Talvez nenhum. Talvez um deles. Talvez seja uma eleição cansativa! Talvez esteja começando a enjoar. Acho que talvez beberei umas cajabrinas para esquecer tantos vitupérios pela TV e pela internet. Talvez sim, talvez não, ou talvez eu esteja louco! E tenho dito!
Jeovah de Moura Nunes
Escritor e jornalista, autor de “Memórias de um camelô” entre outros livros.