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Artigos-->Mega Operação na Vila Cruzeiro -- 27/11/2010 - 20:49 (Rose de Castro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A audácia dos traficantes no emprego da violência e no uso de armas pesadas não é uma novidade no cotidiano da população do Rio de Janeiro. Porém, para especialistas, a contundência da resposta do Estado à série de ataques orquestrada por facções "Foram chamados agentes de todo o Estado, policiais civis e militares em férias, em folga e licenciados. A mega operação também foi orquestrada pela ajuda do pessoal do Bope, Fuzileiros Navais e Paraquedistas.

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro disse que os atentados contra, principalmente, a rede de transporte público e veículos privados ocorreram em represália à instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas da capital carioca, um processo iniciado em dezembro de 2008

Com a expulsão dos líderes do tráfico do Rio e a implantação das UPPs, o crime está migrando para cidades serranas, norte fluminense, Região dos Lagos e Baixada Fluminense. O fenômeno tem sido debatido pelos governos municipais, mas ainda não foram anunciadas medidas para combatê-lo.

Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário da Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas.

na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques.

Na quinta-feira, a polícia confirmou que nove pessoas morreram em confronto na favela de Jacaré, zona norte do Rio. Durante o dia, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na maior operação desde o começo dos atentados. Os agentes contaram com o apoio de blindados fornecidos pela Marinha. Quinze pessoas foram presas ao longo do dia e 35 veículos, incendiados.

Durante a noite, 13 presidiários que estavam na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre eles, Marcinho VP e Elias Maluco, considerados, pelo setor de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança, diretamente ligados aos atos de violência ocorridos nos últimos dias

O Deputado Antonio Carlos Biscaia classifica de "desastrosa" a política de segurança do Rio de Janeiro entre 1983 a 2007. Segundo ele, havia conivência com o comando territorial pelo tráfico e razões de natureza política que implicavam a ausência da ação do estado em áreas do estado. Segundo ele, havia na cúpula da polícia pessoas envolvidas e com ligações com o tráfico e a postura era de que não podia se realizar ações em certas áreas e confessa que como procurador do estado ouviu muita gente dizendo: `não vamos poder fazer operação aqui ou ali`, isso por razões de conivência e também de natureza política, para não perder voto.

Com a gestão do política governador Sérgio Cabral, a política mudou. Biscaia elogiou também a atuação do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e afirma que as ações desta semana mostram o “desespero” dos traficantes.

De acordo com Beltrame, o crime está desesperado porque nunca foi enfrentado e as ações que usam são para gerar pânico e é para fazer com que as autoridades de segurança recuem. Para o Secretário, em certos momentos, os confrontos são inevitáveis, e a política tem de ser mantida.

O Senador Francisco Dornelles afirma que o governador Sergio Cabral não vai recuar da sua política de acabar com o domínio do tráfico no estado do Rio de Janeiro. Ele tem demonstrado coragem e capacidade gerencial. Ele instalou as UPPs e, à medida que os bandidos sentem avanço resolveram fazer uma guerra, uma ameaça. Ele vai dar continuidade à guerra ao tráfico, afirmou o senador.

Dornelles disse ser importante a ajuda da Marinha nas operações e defendeu que se faça uma política de combate à entrada de armas e drogas pelas fronteiras.

Para Renato Casagrande, Senador do Espírito Santo, os conflitos no Rio de Janeiro mostram a força da criminalidade e a necessidade de se continuar com políticas de enfrentamento. Segundo ele, Isso mostra a força da criminalidade. Todo mundo está avaliando isso como uma reação a um programa mais forte de enfrentamento ao crime. Este é um caminho sem volta, não pode ter recuo, não pode ter retorno. Todos devemos estar atentos porque qualquer estado pode sofrer este tipo de ação.

Eu, moradora do Rio de Janeiro, aplaudo a operação sincronizada e a constante prudência com que estão agindo, na medida do possível, em se tratando de uma guerra deste nível. Elogio a parceria de todas as Forças e da Sociedade, que cansada de tanto sofrimento também tem apoiado e denunciado, pois procuramos a “Liberdade e a Paz.”

Esta sim é uma verdadeira operação: Cautelosa e estrategicamente montada.



Rose de Castro

Escritora, Ghost Writer e Poeta



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