O povo judeu – ou hebreu nos tempos antigos – foi e é perseguido há mais de dois mil anos. Não há explicações convincentes para tanto preconceito e tremenda discriminação. Os maiores inimigos dos judeus são os palestinos. Se fosse dois mil anos atrás diríamos: os maiores inimigos dos hebreus são os filisteus. Hebreus: são os judeus de hoje. Filisteus: são os palestinos de hoje. Mas, a maior perseguição aos judeus ocorreu na Europa dos anos trinta até 1945 do século passado através da suástica nazista. Nunca um povo foi tão humilhado e assassinado das formas mais cruéis que o mundo já viu. Nem mesmo Gengis Kan fora tão cruel. A perseguição aos judeus ainda é até hoje motivo de estudo. Por que um povo é tão atormentado assim?
O povo da antiga Israel foi quase que exterminado no dia oito de setembro do ano 70 pelos romanos, os quais não deixaram pedra sobre pedra em Jerusalém, inclusive o templo que Jesus condenou a este fim. Muitos condenam os judeus por serem responsáveis pela crucificação de Jesus. Estão tremendamente errados. Jesus foi acusado pelo Sinédrio de Jerusalém que era composto pelos sacerdotes da época, assim como hoje temos os sacerdotes que insistem em comandar nossas vidas livres para escolher isto ou aquilo, no que se refere às crenças, ou religiões. A crença, ou religião de um homem deve ser democraticamente escolhida pelo homem, e não pelos falastrões de plantão, que apreciam passar a “sacolinha”. Os sacerdotes do Sinédrio de Jerusalém, no ano 33, acusaram Jesus de ser um falso profeta e de se dizer filho de Deus. Não deram crença sequer aos depoimentos de pessoas que testemunharam os inúmeros fenômenos realizados pelo Mestre dos mestres. E aqueles sacerdotes eram a elite daquela época, assim como foram no Brasil e ainda insistem em sê-lo.
Já os romanos foram os responsáveis pela pulverização do povo israelita pelo mundo todo. Muitos foram levados como escravos para Roma, outros fugiram, a maioria crucificada. Este acontecimento é um evento central na história da Diáspora Judaica, a expulsão dos judeus da Terra Santa. Assim permaneceu o povo de Israel espalhado pelas nações do mundo por dois mil anos, sendo perseguidos quase que diariamente pelos cidadãos desses países através dos “pogroms”, ou seja: quando vários cidadãos de uma localidade queriam se divertir iam para as vilas onde residiam os judeus e lá praticavam suas barbaridades em nome do Cristo Jesus. Não há no mundo todo história tão triste e ao mesmo tempo extraordinária, que é senão a história do povo de Israel. Tanto que os judeus estão na Bíblia como fortes personagens desde o principio ao fim daquele livro sagrado.
Em 1948, o mundo – principalmente os EUA – arrebatado pelas cenas dantescas e chocantes dos campos de extermínio, decidiu por um pequeno espaço aos judeus na Palestina apesar de os árabes terem manifestado violenta oposição à migração crescente dos judeus. No fim do mandato inglês, na Palestina em maio de 1948, os judeus constituíram o Estado de Israel, com Chaim Weizmann como presidente. Daí por diante iniciaram os confrontos bélicos com a vizinhança toda. Em 1949 seis nações da Liga Árabe atacaram Israel, que resistiu apesar de ainda ser uma nação fraca. E assim continua até hoje o ódio dos povos árabes contra Israel. Coisa assim de vizinhos que nunca se confraternizaram.
Pergunto aos meus leitores: é ou não é uma história que causa perplexidade e grande emoção? Os israelitas gostam de trabalhar nas cidades como nos kibutz, onde plantam e semeiam a semente da boa vontade, enquanto os palestinos lançam foguetes explosivos durante anos. Agora a coisa virou de vez. Os judeus cansaram e resolveram acabar com essa história. A maioria dos protestos no mundo são de árabes e de pessoas que não entendem o motivo da agressão à Israel.
A perseguição nazista foi a pior de todas as perseguições sofridas pelo povo de Israel. Os romanos crucificavam judeus, mas os nazistas os assavam vivos em fornalhas, ou mandavam para o gaseamento, além das experiências médicas assassinas. E isto, caros leitores, são acontecimentos recentes. Os judeus sabiam que estavam sendo exterminados e precisavam sobreviver para contarem ao mundo os ignominiosos acontecimentos. E assim conseguiram em novo “Êxodo” retornar a terra Santa. Terra que, para os cristãos, é apenas um local turístico.
Sempre apoiei o ataque de Israel à faixa de Gaza e apoio com todo o meu coração a expansão judaica na Palestina, isto porque os judeus são o povo mais avançado de todo o mundo.
Um povo paciente, alegre, orgulhoso e acima de tudo com uma coragem das mais extraordinária que existe no mundo. Ninguém aceitaria caminhar nu para a pior das mortes, os judeus o faziam cantando hinos ao Senhor de todas as coisas.
Jeovah de Moura Nunes
escritor e jornalista, autor de “A cebola não dá rosas” entre outros livros.