Sempre que se inicia um Novo Ano alguém se propõe a desejar um feliz ano Novo focando especialmente saúde, paz e prosperidade.
Mas afinal o que é felicidade?
Até a ciência já abraçou esta causa. Estudos detalhados do cérebro chegaram a algumas conclusões sobre o grau de felicidade.
Entre centenas de voluntários avaliados por esta ciência, foi então apresentado ao mundo o homem mais feliz do Planeta.
Seu nome é Matthieu Ricard, francês, filho de Jean François Revel, um famoso filósofo francês.
Doutorado em genética molecular, desenvolvia trabalhos científicos ao lado do Prêmio Nobel da medicina, François Jacob.
Sucesso a toda a prova, predestinado a ser rico e famoso, um eminente cientista.
Mas faltava algo, não se sentia pleno. Um dia resolveu abandonar tudo: dinheiro, poder, prestígio, competição profissional, popularidade tudo, tudo mesmo.
Hoje o homem mais feliz do Planeta vive em uma casa simples, se é que se pode chamar de casa um espaço simples de dois por dois. Não tem carro nem celular nem sequer toma coca-cola.
Adotou a vida dos monges do Himalaia, deixou tudo para trás e foi viver uma nova vida.
A ciência não o perdeu de vista, Ricard figura entre centenas de voluntários para estudos acerca da felicidade.
Ricard submeteu-se por vários anos a mais de 250 sensores e muitas ressonâncias magnéticas.
Uma das diferenças apontadas pela ciência:
Na maioria dos indivíduos são muito altos os níveis de estresse, medo, frustração. No cérebro de Ricard estas sensações limitantes simplesmente não existem.
Ao contrário da maioria dos voluntários onde são baixíssimos os níveis de satisfação, plenitude existencial, ou seja sensações positivas como alegria, paz, serenidade e outras, em Ricard estes níveis são altíssimos.
Conclusão: hoje Matthieu Ricard é mesmo o homem mais feliz da Terra.
Pôs a sua inteligência a serviço de outros valores, e não aponta esta opção como causa primordial da sua felicidade, é uma questão de escolha.
É um dos maiores estudiosos do clássico tibetano, é assessor e braço direito do Dalai Lama. Seus livros rendem milhões de euros, tudo doado para monastérios e obras de caridade.
Richard J. Davidson, cientista chefe da equipe que estuda Ricard , entre outros, chegou a algumas conclusões;
Chamou de plasticidade mental a capacidade de modificar fisicamente o cérebro por meio de pensamentos que escolhemos ter.
Segundo este cientista e sua equipe, igual aos músculos do corpo, o cérebro desenvolve e fortalece os neurônios mais solicitados.
Verificaram que mais pensamentos negativos, mais atividade no córtex direito do cérebro e em conseqüência cresce a ansiedade, depressão, hostilidade, em outras palavras, mais infelicidade.
“ Por outro lado, quem desenvolve bons pensamentos e uma visão amorosa da vida, exercita o córtex esquerdo, elevando as emoções prazerosas e a felicidade”.
Richard diz, e até adverte, que não se trata de pintar a vida de cor de rosa.
É um trabalho, um exercício, um treino para debilitar, não dar força para os músculos da infelicidade.
Fazemos isto quando acreditamos que somos vítimas do passado, das situações, das dificuldades vividas ao longo da nossa existência.
“ E paralelamente começar a exercitar os músculos mentais que nos fazem diretamente responsáveis por nossa própria felicidade”.
Ser feliz passa por deixar de culpar os outros pela nossa infelicidade e tratar de buscar a causa em nós mesmo.
O homem mais feliz do mundo é alguém que decidiu ser feliz.
Então que em 2011 o ser humano comece a se dar conta de que ser feliz é uma questão de escolha, de ir de encontro às melhores opções, e que a melhor escolha independe de dinheiro, de status, aparências etc.
Que é antes de tudo uma questão de se sentir bem consigo mesmo, de ser capaz de ser feliz.