SÓ FALTOU O TIRIRICA COM O “MINISTÉRIO DA PALHAÇADA!”
Enquanto nos Estados Unidos o presidente Obama aceitou gentilmente seus quinze ministros, respeitando obviamente o cidadão americano, visto que por lá o cidadão é respeitado de maneira total, aqui no Brasil o barbudo e agora a presidente Dilma aceitaram, gentilmente, a colocação de 37 (trinta e sete) ministros. Repito trinta e sete ministros desrespeitando o pobre povo brasileiro, numa fúria avassaladora de cargos majoritários e menores por toda Brasília.
Tantos ministros para quê? Tanta gente para quê? Capacidade ninguém tem tanto! Ideli Salvati, aquela senadora que mais gritava do que discursava no Senado, pegou o Ministério da Pesca. Esta mulher entende de pesca? Ela já pescou alguma vez na vida? Um teste deveria ser feito, colocando-a num barco em alto mar para saber se ela entende de pesca e compreende o vocabulário dos pescadores. Este artigo com o mesmo assunto do artigo anterior foi escrito em razão de anteriormente uma publicação de um jornal piracicabano constava como sendo 47 (quarenta e sete os ministros empossados). Mas, foram recusados 10 (dez) ministros e então o número baixou um pouco. Porém, 37 (trinta e sete) ministérios continuam sendo uma vergonha para um Brasil que ainda não melhorou, nem vai melhorar tão cedo, a vida do povo empobrecido, principalmente no Nordeste, onde a fome ainda grassa em largas extensões.
Então os atuais ministros empossados são: José Eduardo Cardoso (Justiça); Antônio Palocci (Casa Civil); Nelson Jobim (Defesa); Antônio Patriota (Relações Exteriores); Guido Mantega (Fazenda); Alfredo Nascimento (Transporte); Wagner Rossi (Agricultura); Fernando Haddad (Educação); Anna de Holanda (Cultura); Carlos Lupi (Trabalho); Garibaldi Alves (Previdência Social); Teresa Campelo (Desenvolvimento Social); Alexandre Padilha (Saúde); Fernando Pimentel (Desenvolvimento); Edison Lobão (Minas e Energia); Miriam Belchior (Planejamento); Paulo Bernardo (Comunicações); Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia); Izabela Teixeira (Meio Ambiente); Orlando Silva (Esporte); Pedro Novais (Turismo); Fernando Bezerra (Integração Nacional); Afonso Florense (Desenvolvimento Agrário); Mario Negro Monte (Cidades); Gilberto Carvalho (Secretaria Geral); Jose Elito Carvalho Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional); Luís Inácio Adams (Advocacia-geral da União); Jorge Hage (Controladoria-Geral da União); Luiz Sérgio (Relações Institucionais); Alexandre Tombini (Banco Central); Helena Chagas (Comunicação Social); Moreira Franco (Assuntos Estratégicos); Luiza Helena Bairros (Igualdade Racial); Ideli Salvatti (Pesca); Iriny Lopes (Política para as Mulheres); Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Leônidas Cristino (Portos). Total: trinta e sete ministros. Só faltou o Tiririca com o “ministério da Palhaçada”.
Diferença com os EUA 22 ministros a mais. Claro, nós podemos pagar (na marra). Lá nos States poderiam pagar até 100 ministros, mas não o fazem porque o poder público respeita o cidadão americano, enquanto aqui a vaca já foi para o brejo há muito tempo! Não há respeito! Nunca houve respeito pelo cidadão brasileiro. Desde os meus tempos de criança que enxergo coisas desproporcionais neste país da criminalidade e repleto de políticos mau caráter.
Diógenes, o cínico, certa vez ao permanecer na sombra de um curioso pela filosofia reclamou veementemente: -“Saia daí ô jumento! Permita-me receber a luz do Sol!” Aqui no Brasil só recebem as luzes os ricos. Os pobres vivem na escuridão. Sem estudo, sem cultura e sem educação, visto que o capitalismo selvagem brasileiro induz o homem pobre a cair numa arapuca: ou estuda, ou parte para criminalidade. Como não possui recursos para pagar altos preços pelo estudo, prefere entrar na criminalidade, onde tem campo fértil nesse capitalismo em que poucos têm muito e muitos têm pouco, ou o nada absoluto. Tanto é verdade que muitos pobres entram na criminalidade como se entrasse num emprego e permanecem para sempre.
Nosso país não tem critérios sóbrios, de reputação ilibada e socialmente democrático tão grande como a maioria dos países desenvolvidos. Os EUA são um país de enorme reputação mesmo estando num atoleiro e com uma economia em pane, em razão principalmente dos gastos exorbitantes nas inúmeras guerras. Porque lá existem guerreiros gentes que lutam pelos ideais democráticos e não se importam com a morte, quando aceitam o combate, desde que seja o bom combate. No Brasil só se pensa em pular carnaval com mulheres sem nenhuma vergonha na cara desfilando nuas, em pêlo, sem nenhum respeito pela sociedade dos machos da espécie. Depois reclamam dos homens. E a lei só favorece a elas. O homem acaba sendo o vilão quando as mulheres desfilam nuas.
Pode, entretanto termos uma surpresa agradável com a Dilma lá. Mas, os 37 ministérios já nos deixam de cabelo em pé. Significa basicamente que os petralhas estão de volta em massa para os bons ventos de ótimos empregos desde a Petrobrás até os empregos de 30 mil reais dos políticos e seus correligionários, os quais podemos denominar de bajuladores. A sangria dos cofres públicos já é, portanto, uma realidade cabal. Não há neste imenso país um político de cabeça certa sem encher seus bolsos e suas contas bancárias com pacotes enormes de dinheiro. Isto é de praxe e costumeiro no seio político. Bem por isto nós não decolamos. Estamos sempre numa situação miserável, simplesmente porque a politicalha, sempre de plantão, não aceita um salário mínimo como nós, os pobres, temos de aceitar na marra. Eles, os políticos, ganham demais; nós os miseráveis ganhamos de menos.
Não é como nos Estados Unidos, onde o americano tanto político quanto operário comum ganha o suficiente para viverem muito bem. Eita país das maravilhas que merece respeito! Na verdade respeito muito os EUA! Sinto muito, muito mesmo não ter nascido lá!
Não compensa ser brasileiro quando nascemos dentro das classes dos menos favorecidos. E digo mais: mesmo nascendo na pobreza num país como os EUA as chances de melhorar a vida são muito grande! Aqui as chances são pisadas e esmagadas pelos poderosos anulando as oportunidades dos pobres. Isto ocorre desde o descobrimento quando o “Pedrão” abandonou na praia dois pobres portugueses que viraram churrascos de índios.
Jeovah de Moura Nunes
Escritor e jornalista. Autor de “Memórias de um camelô” entre outros livros.