Parece que agora o bicho vai pegar. Segundo as notícias, a Europa inteira está solidarizando-se com a Itália pela decisão não do Brasil, mas do então presidente barbudo ao negar a extradição do criminoso e terrorista Cesare Battisti, mantendo-o como imigrante no Brasil. Deve ter sido o último ato presidencial do barbudo ao abençoar o criminoso. Quem sabe deve ter dado um beijinho nele também. Isto só vem acrescentar o que sempre imaginei: Lula tem um carinho especial pelos criminosos. Muitos deles nos tempos ditatoriais acabaram por entrar no então recém fundado PT. Alguns deles deduraram os supostos companheiros para se livrarem da agonia das torturas. Naqueles tempos um homem não escaparia de jeito nenhum dos torturadores, especialistas em provocar as terríveis dores, tanto de cassetetes de borracha dura, quanto de ferros em brasa, ou mesmo o chicote tecido com espinheiros. Os torturadores tinham licença dos ditadores militares para matar, principalmente quando o prisioneiro estava à mercê dos militares florestas adentro, como no caso da luta armada na região do Araguaia. Foi ali que José Genoíno se salvou. Não se sabe como, nem quero saber!
O fato é que o ex-presidente Lula esqueceu de que a Europa inteira é uma comunidade unida e se o Brasil tem essa política de pouco caso com a Itália, certamente que a Europa pode também dificultar a política brasileira no que tange aos negócios a serem realizados com o Brasil. Ou seja: o ex-presidente defecou e sentou em cima porque assumiu a responsabilidade, que ele bem poderia ter passado para a presidente Dilma.
Talvez a Dilma tivesse, ou teria uma fórmula mais amena para lidar com um sensível tema como o caso Battisti, o qual, graças ao então presidente Lula viveu muito bem no Brasil, mesmo sendo um criminoso. Sinal de que os criminosos estão em alta com o PT de Lula.
Manifestações contra a recusa do Brasil a extraditar Cesare Battisti foram realizadas nesta terça-feira em toda a Itália. O chefe de governo, Silvio Berlusconi, prometeu firmeza em relação ao caso, apesar de acrescentar que o relacionamento com Brasília não mudará. Mas, isto é apenas frase política, porque Berlusconi está zangado com o Brasil de Lula, agora fora do poder, graças à Deus!
Em Roma, 300 pessoas se reuniram diante da embaixada do Brasil, na célebre Piazza Navona. Entre os manifestantes estava a ministra da Juventude, Giorgia Meloni, para quem "Battisti deve pagar, porque o fato de ter escrito alguns romances não é garantia de imunidade. O chefe de governo, Silvio Berlusconi, ao se encontrar em Milão com Alberto Torregiani, filho de um joalheiro morto em 1979, durante um atentado atribuído a Cesare Battisti, prometeu dar continuidade à "batalha" junto à nova presidente brasileira Dilma Rousseff, para obter a extradição do ex-ativista de extrema-esquerda. Berlusconi prometeu "mais firmeza e determinação", informou Torregiani, ferido aos 15 anos durante o assassinato de seu pai por um comando extremista de esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). O que nos lembra do PAC brasileiro montado pelo barbudo e que deu em nada. Ele usa desde então uma cadeira de rodas.
Berlusconi também anunciou que manterá junto com Torregiani uma entrevista à imprensa, em Bruxelas, na "terceira semana de janeiro, para divulgar a realidade dos fatos, que serão levados à justiça de Haia".
Qualificando Cesare Battisti de "verdadeiro criminoso que se abriga atrás de uma ideologia política", Berlusconi tentou, no entanto, acalmar a situação, sublinhando a "antiga e sólida amizade" que liga a Itália ao Brasil. "Este assunto não diz respeito ao relacionamento entre os dois países, é uma questão judiciária", acrescentou. Em Roma, muitos jovens, alguns levando a bandeira italiana, participaram da manifestação ao lado de Torregiani.
Palavras de ordem foram ditas diante do pórtico de entrada da embaixada brasileira tais como "Queremos a extradição agora" ou ainda "A Itália quer que seja feita justiça". "Battisti assassino, Brasil cúmplice", dizia uma faixa. Um protesto semelhante reuniu centenas de pessoas em Milão pela manhã e outras manifestações foram realizadas diante das representações brasileiras em Palermo (Sicília), Bari, Nápoles e Veneza.
Em Roma, os partidos de direita no poder e a oposição de esquerda, assim como todos os oponentes à recusa brasileira, preferiram manifestar-se separadamente. Uma onda de indignação seguiu-se na Itália à decisão do então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, anunciada no último dia de seu mandato, 31 de dezembro, de rejeitar a extradição de Battisti, condenado em 1993 à prisão perpétua por quatro mortes e cumplicidade em assassinatos cometidos nos anos 1970 - crimes dos quais se diz inocente. Roma convocou seu embaixador Gherardo La Francesca para consultas e anunciou a intenção de apelar no Supremo Tribunal do Brasil e recorrer, eventualmente, à arbitragem da Corte Internacionale de Justiça (CIJ) de Haia.
O chefe da diplomacia, Franco Frattini, recebeu nesta terça-feira La Francesca "para examinar as consequências da ação judiciária a ser tomada pelo governo italiano referente ao caso Cesare Battisti e suas repercussões em nível europeu".
O caso ainda vai dar muito pano para mangas. O Brasil se esqueceu de que a comunidade européia é forte e avassaladoramente capaz de deixar um país qualquer sem condições de continuar forte em sua economia. Caso do Brasil, por exemplo.
Os EUA poderiam intervir a favor do Brasil, mas depois do caso iraniano em que o barbudo assinou um tratado repugnante aos americanos nada será feito pelos americanos com essa picuinha criada pelo barbudo, em sendo um problema que cresce assustadoramente pela Europa toda. Tudo culpa de um barbudo sem responsabilidade e respeito aos países amigos.
Jeovah de Moura Nunes
Jornalista e escritor. Autor de “Memórias de um camelô” entre outros livros.