A Mente e o Socialismo Mental - Mundo das Intenções
Por Dr. José Ricardo Camargo Xavier
Por uma perspectiva de viver e sentir a vida, com todos os desejos, vontades, ambições, trabalho, família, sonhos realizados e os que ainda não fora, entre tantos itens que compõe a natureza humana, não nos esquecendo da política (o que é isso?), que gostemos ou não, faz parte de nosso DNA cidadão, como podemos ver os mundos existentes em seus personagens.
Em outras palavras: qual é nosso mundo e o mundo dos que nos rodeiam, perto ou longe, de conhecidos amigos ou distantes ilustres personagens?
Vamos imaginar a seguinte situação:
Acordamos, fazemos nossa higiene, e enquanto escovamos os dentes, nos olhando no espelho, e o que vemos?
Podemos nos reconhecer na pessoa do espelho?
Quem é essa pessoa que está nos olhando com a nossa escova de dente na boca?
Que mundo vive esse personagem que só aparece pela manhã e em horas que não nos suportamos ou não estamos precisando que apareça?
É um mundo estranho e cheio de meandros mentais, sociais, econômicos, de informação valiosa ou fútil – em sua maioria, mas que nos afeta diretamente, em nível comportamental e de objetivos simples, além do mental, claro.
Em particular tenho meu mundo rotineiro e de projeções e objeções. E sei como lidar com isso sem remorssos ou medo de ser quem sou!
E cada qual tem o seu mundo particular e dessas projeções e objeções.
Imaginemos que nosso mundo fosse uma célula – arredondada, e, cheio de itens, que em sua maioria desconhecemos nesse momento, mas se precisarmos de uma lembrança, uma busca na memória recente ou não, buscamos nessa célula, nosso mundo, o Google pessoal.
Interagimos com outras tantas células semelhantes, uma osmose celular pessoal e individual, nunca iguais, mas para todo tipo de relacionamento humano, pois sem esses estamos alienados ou desconectados.
Buscamos no trabalho interagir e mesclar nossa célula com as demais, a citada Osmose, com mais ou menos intensidade e desejos, mas nos mesclamos e invadimos outras células pela osmose permitida ou não, que até certo ponto permitido, ou não, para ocorrer a interação humana, e sempre ocorre essa interação.
Alguns itens a serem observados e relevantes:
Nos relacionamentos
Os casados ou compromissados tem e seguem uma rotina pré determinada ou fazem delas aliados – o que é difícil constatar, ou inimigos dos desejos e aspirações secretas e comportamentais comuns.
E quem não tem?
Uma paquera, uma atitude de desforra, um flerte, um compromisso mal resolvido, vontade de desaparecer e ficar de “papo por ar”, falar umas verdades para alguém; mas falta coragem, entre tantas coisas que só nós mesmos para reconhecermos e sabermos do que se trata.
Vamos ao trabalho onde nos realizamos como profissionais ou meramente fazendo parte de números governamentais.
Produzimos?
Não. Rotulamos pessoas, situações e coisas!
Fazemos o que nos mandam fazer e nem nos damos conta dos resultados por àqueles que manipulam as situações.
E não queremos ouvir, mas queremos ser ouvidos e atendidos em nossas necessidades, ambições, desejos, etc, etc....
Fingem em sua maioria de células - humanos, lembram-se?, ser aquilo que esperam de nós, sem ao menos nos perguntar o que estamos sentindo e querendo; e, sem sequer mostrar que podemos ser livres no pensar e agir, e deixar de fingir – o que faz muito mal em nosso organismo celular = mundo nosso, nossa Osmose necessária.
Democracia?
Não!
Socialismo Mental adquirindo formas de controle,mesmo dentro de nossa casas e vidas particulares, até em nossos banheiros.
Uma depleção vampiresca, por que permitimos que isso permaneça e aconteça sempre, pois preferimos a incapacidade do que reagir ao que nos faz mal.
Sempre esperamos achar quem faça por nós o que devemos e sabemos fazer, mas procuramos sempre e apenas quem não decepcione.
Decepcionar: substantivo feminino - lograr, desilusão, desaponto, desapontamento, iludir.
Sentimos e fazemos sentir decepção todos os dias. Em nós e nos outros que nos rodeiam.
Porque permitimos que isso aconteça? Conivência para sermos admirados, bajulados, queridos, desejados, “formadores de opiniões” (?), e, outras razões inconfessáveis.
Não nos permitimos viver plenamente e com nossas capacidades humanas por que estamos apenas vivos, e, sabemos o que conhecemos, mas para sermos o que desejam que sejamos e controlarem nossa história, hoje, agora e por muito antes, sempre controlada, e, cuidada por outros, é mais fácil deixar como estão os fatos e coisas.
Quem não decepciona é o clássico facilitador em nossas vidas ou nossa alma gêmea.
E mesmo assim acabamos por decepcionar quem nos rodeia, pois os mundos individuais mudam de humores conforme a genética, alimentação, hormônios e situações externas, além é claro por conveniência incapaz de se sentir auto - piedade.
Nem sempre somos os culpados da decepção, mas é a auto - decepção que resgata essa atitude, pois nos revela o que acontece e em regra, preferimos não reagir ao que está nos fazendo muito mal, em todos os sentidos ou em parte de nossas vidas, mas somos rotulados e rotulamos todos assim.
Política Mental Socialista Perversa
Não podemos dissociar a vida comum, simples e produtiva dos parâmetros políticos, independente de opção ou tendência partidária pessoal.
Contudo, muitos fazem desse espaço chamado de ciência de governar, uma forma de manipular propósitos e fins, através dos meios mais tenebrosos e obscuros que se podem abordar.
Há um chamado antigo que refere que se “soubéssemos como são feitas as salsichas e os acordos políticos, ficaríamos enojados”.
Verdade ou simplesmente formas de se expressar, a política sempre foi vista como ato manipulador, e, a grande maioria das pessoas pode se sentir e ser o que quiser permitir ser, e, continuarem a ser manipuladas.
É o socialismo mental agindo, através da política e políticos.
Muitos dos que se dizem democratas são mais socialistas que a própria semente socialista vil.
Não há democracia com respeito às leis.
Há socialismo mental para interesses de poucos manipuladores e seus grupos de interesses.
Uma espécie de Ditadura Mental para a sobrevivência de nossas células, enquanto cidadãos, e fazem de conta que é para não nos decepcionamos com o que somos e sabemos., e deixá-los agir da forma que desejam.
Muitos são políticos para atingir objetivos seus e dos seus.
Outros mais cultos e nobres, em evolução ou já presentes em nossa vidas e na história celular, buscando o bem comum, sempre se apresentam como alternativas para solucionar graves problemas que preferimos não saber ou mesmo deixar de lado, em épocas eleitorais, até que aconteça algo que afetem as células e suas osmoses, de tal forma que esse atingir se torna rotineiro e comum, porque não está tão perto assim, mas lhes atingem, como enchentes, desmoronamentos, ruas sem asfalto e falta de água, e, não poderão reclamar para seus eleitos, pois a distência e os obstáculos criados nos vermes mentais não permitem aproximação.
Os eleitos que aí estão tem a tendência de sanar seus egos e manter-se em evidência, como a maioria se identifica, por isso são votados e gostam de votar neles.
Efeito similar ao comportamento humano comum e usual acima descrito nos relacionamentos.
Lembrando que: Quem não decepciona é o clássico facilitador em nossas vidas ou nossa alma gêmea.
E podemos acreditar que os políticos querem ser nossa almas gêmeas ou facilitadores de nossas vidas?
Muitos gostam e preferem a ilusão a ver o que Dante descreveu em seus infernos, que podem se retratar em dias inglórios que vivemos.
Sentimentos
O que é sentimento?
Sentimento: substantivo masculino – ato ou efeito de sentir, aptidão para sentir sensibilidade, compreensão, percepção, paixão, pesar, desgosto, pressentimento, sentido. Na Psiquiatria denota: sentimentos nocivos, inamistosos, hostis – positivos; sentimentos de amizade.
Como vemos pela descritiva, o sentimento pode ser bom ou ruim, dependendo da forma como tratamos nossa célula individual e seu conteúdo, assim como as funções adequadas ou deficientes (incapacidade por conveniência ou situação que queremos), desse conteúdo.
Indiferença à eles é que está levando os chamados humanos a serem mais individualistas e com tendências nocivas a si e aos que estão a sua violta.
Se observarmos os sites de relacionamentos percebemos que raramente há verdadeiros encontros que seriam fatos, se não fosse mais tragédias para o pensamento de nossas células individuais quando não levam a destruição dela.
Esses sites tomam tempo das pessoas aflitas em si e que desprezam quem perto está; envolvem de maneira a manipular e se deixar manipular, e, sem alcançar os objetivos que se escondem por detrás do estar lá.
Mais desilusão e confusão.
Muitos ou muitas células se acham capazes de seduzir e serem seduzidos, mas querem manipular quem querem alcançar; a qualquer custo!
Muitos já tem compromissos afetivos e civis, mas mantém-se fiel a se comportarem como manipuladores de quem nunca viram e certamente nunca irão ver e sentir: os hormônios do outro.
Buscam se sentirem bem diante da tela de um computador, achando (quem acha é porque perdeu alguma coisa), a melhor dessas ´células humanas individualistas.
Esquecem e querem esquecer seus compromissos e vidas com família, filhos, trabalho, e a disposição de sair de verdade e respirar!
Busca-se um verão (estação do ano), com uma primavera florida e imaginária, mas que não têm capacidade de encontrá-las dentro de si, por reflexos em seus comportamentos fúteis e vulgares.
Nem todos que estão em sites de relacionamentos têm essa tendência vulgar, mas é através da vulgaridade e da exposição sem medidas é que buscam atenção e notoriedade. – Pensam e agem assim: quero ser notado (a) a qualquer custo, pois sou infeliz com o que tenho e comigo mesmo (a).
Como ser feliz se nos comportamos da mesma maneira e repetimos os mesmo erros, vícios, atitudes e palavras? Mesmo em sites de relacionamentos isso se repete ! ?
Mudando-se a forma de pensar, sentir e ver os acontecimentos que nos envolvem, valorizando os que estão a nossa volta e fazem parte verdadeiramente de nossas vidas e escolhas, por saber conhecer o antes, o agora e o advir, não esuqcendo quem somos na verdade e realidade da vida, não esquecendo de buscar saber quem somos em essência, é que teremos resultados diferentes em nossas vidas e fins buscados.
Pessoalmente recomendo que tomem muito cuidado ao querer “passear” em suas próprias mentes.
Inicialmente por que só se “passeia” pela nossa mente quem tem capacidade para se conhecer e responder às suas próprias perguntas.
Seqüencialmente, a mente é cheia de meandros, vermes – bactérias e vírus mentais, que cultivamos por anos e que são alimentados por nossas formas de “pensar” e agir no cotidiano, e, caminhos que não levam a lugar algum, enquanto outros caminhos levam a encontrar soluções para nossos conflitos.
Quem já fez regressão sabe o que significa passear pela mente e regra geral não gostam do que viram.
Mas não é qualquer profissional que tem essa capacidade, pois eles próprios têm seus conflitos e manipulam interesses quando o fazem em seus pacientes.
Conheço poucos Psiquiatras capacitados que sabem ensinar e conduzir a pessoa a “passear” em suas mentes, e quando percebem que os pacientes estão aptos a continuarem a fazê-lo, entregam as chaves da mente a seus legítimos donos.
Mas a maioria das pessoas prefere ser conduzido, por simples acomodação!
A razão é simples: fizeram tantas bobagens em suas vidas que o arrependimento os acusa e eles não querem sentir outra culpa mais dura e contundente!
Por outro lado, quem sabe passear em sua própria mente, com objetivos e propósitos definidos, e eu sei como fazê-lo muito bem, entra e sai dela com tranqüilidade e mais Sabedoria e Discernimentos.
Coragem para isso é determinante para se chegar a um lugar que podemos chamar de reconhecível quando acordamos e nos vemos no espelho, e, assim podemos rir de nós mesmo – e esse é o caminho para se chegar a ser feliz, e talvez falar em alto e bom tom, de forma afirmativa:
- Bom dia fulano! Dormiu bem e acordou melhor ainda!
Boa vida a todos, que agora vou passear no lugar mais seguro que conheço: minha mente.
E busco, como sempre busquei, o saber sorver ainda mais o que ela pode me proporcionar.
19/03/2011
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