REFLEXÕES DE UM LÍRIO
Muitas vezes a vida nos coloca diante de realidades onde é impossível transpassar.
Seja por falta de coragem, ou por ser o melhor a se fazer... Tudo varia de ótica, de ponto de vista ou até mesmo da desculpa a se dar.
Simplesmente deixamos passar aquilo que nos parece prejudicial e aguardamos um novo amanhecer.
Os serem humanos são movidos por sentimentos bons ou ruins. O que difere cada vida é a forma como se enfrentam os dilemas que surgem: Ou nos entregamos aos escombros e somos mortos pelos entulhos ou remexemos a massa e reiniciamos a construção de uma nova parede.
Todos nós somos responsáveis por nossas escolhas. Sempre! De nada adianta culparmos a todos pelos nossos fracassos e atos de covardia e nos vangloriar por vitórias supostas sejam as nossas ou de terceiros. Temos hábito de culpar os outros e justificar nossos retrocessos como dolos alheios... Já quando tudo sai como planejado, assumimos o papel de protagonista da situação.
Quanta hipocrisia há no ser humano! Por mais que digamos que temos muito carinho por alguém, sempre colocamos nossas vontades mais profundas à frente de sentimentos alheios, juras, demonstrações públicas de afeto e assim agimos... E obviamente culpando, intimamente, o outro até pelas decisões que tomamos, unilateralmente.
Há quem alimente amargura, lamentações e etc. Fazem da vida o próprio inferno e com eximia competência. Esquecemos que é muito mais saudável semear boas sementes, cultivar um belo jardim e aguardar a visita das borboletas, mas sem ansiedade, angústia... Nem atropelos...
Não é simplista reconhecer os erros. Aprender cm os mesmos é mais complicado ainda. E que jamais nos rastejemos pela eternidade no deserto de gelo que é a indiferença de uma traição, de um sentimento não correspondido ou de uma lágrima derrubada em vão por qualquer motivo que se faça isso.
Quanto tempo demoramos em nos focar no que realmente é válido? Por que reverenciar tudo no passado? Viver às vezes com rancor e miséria de espírito?
Temos liberdade pra agir, pensar e sentir... Ninguém é responsável pela vida de ninguém... Vivemos em sociedade sim. Não somos felizes isoladamente... Mas não detemos a vida do semelhante em nossas mãos a bel-prazer.
Deus nos deu a vida. Deu livre arbítrio e a capacidade de seguir nosso coração. E, em sua plenitude, Ele sempre acalenta um filho que esteja necessitado, basta apenas que as portas dos sentimentos estejam em franca abertura.
E, assim, a tudo sobrevivemos e evoluímos nesta vida que é uma passagem, um doce presente para nossa evolução plena e definitiva.
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