Muitas foram as teorias apresentadas para a verdadeira história de Larry Foster, algumas mais normais, outras mais absurdas como a que dizia que ele era irmão do Harry Potter.
Depois de algumas pesquisas aprofundadas viemos a descobrir:
A VERDADEIRA HISTÓRIA DE LARRY FOSTER!!!
Um garoto, filho de duas pessoas absolutamente normais e que morava com os tios sabe-se-lá-por- -quê, foi morar com os pais após a morte dos tios.
Seus pais lhe disseram que os tios eram bruxos e que morreram por causa de um bruxo revoltado que tinha alguns desvios de personalidade, e que apenas ele(Foster) sobreviveu sabe-se-lá-por-quê.
Na ocasião em que esse bruxo matou os tios do garoto, não conseguiu matar o garoto por ter perdido quase por completo seus poderes.
O bruxo é chamado por muitos de aquele-que-não-deve-ser-nomeado-mas-em-todos-os-casos-se-chama-
-Valdemarte.
A única coisa que marca o acontecimento é uma cicatriz em forma de pára-raio que Larry tem na testa.
Um belo dia, os pais de Foster repararam que os carteiros estavam passando direto por sua casa, e que não lhe entregavam nenhuma correspondência.
Mas isso era bom, pois também não entregavam as contas.
No início acharam que os carteiros apenas tinham um pequeno desvio de personalidade, mas ficaram revoltados quando por um acaso viram que os carteiros tinham uma carta para o garoto mas não lhe entregavam.
Então, quando o pai de Larry reclamou com os carteiros todos fugiram da cidade e foram morar em uma cabana próxima ao mar.
Porém eles conseguiram alcançar um e pegaram a carta do garoto.
A carta dizia:
Para Larry Foster
Casa n°7
Rua dos Alfineteiros,
Esperamos que você não vá para nossa escola este ano por medidas de segurança dos outros alunos.
Atenciosamente: H.Romeu Pinto
Larry Foster foi mandado pelos seus pais então, para uma escola especial. Uma escola para retardados. Mas Larry não é retardado e fugiu da escola. E de casa.
Fugiu para a floresta, onde nossa história realmente começou...
Ele encontrou uma pequena casa feita de tijolos vermelhos e palha no telhado.
As janelas, estavam todas pregadas com tábuas, o que fez Larry crer que a casa estava abandonada.
Lá haviam lemingues espalhados em volta da casa. Havia um, inclusive, com um pequeno desvio de personalidade, que pescava tudo que os outros diziam com uma antena portátil-retrátil-pró-super- -hiper-mega-compacta-dinâmica-e-auto-suficiente, mas por isso não ser tão importante, não nos prenderemos muito em detalhes.
Possivelmente você não saiba o que é um lemingue, e como eu apenas suponho que seja um animal de pequeno porte, esqueçamos os lemingues.
A casa parecia ter sido abandonada há pouco tempo. O garoto Larry então, entrou na casa.
Em um canto, havia uma lareira cujo fogo aparentava ter se extinguido pouco antes da chegada de Larry. Em outro canto, havia uma mesa com um conjunto de caderiras do século XIX. Eu sei que as cadeiras eram do século XIX porque isto estava indicado em uma etiqueta pregada em uma delas.
No canto esquerdo, havia um lutador de boxe com um calção azul, mas o garoto não lhe deu muita atenção.
Havia também nessa "casa de um cômodo", uma cama, a qual Larry futuramente usaria para dormir.
Não, ele não usaria para dormir não, ele ia usar pra fundir metais com alto ponto de fusão.
Obs: para quem não entendeu, no trecho acima o narrador ridicularizou seu próprio pleonasmo.
Larry encontrou na casa uma vassoura, de uma marca desconhecidamente incorreta, uma tal de Cúmulos-Nimbus 2000...
Inicialmente, o garoto usou a vassoura para varrer, logicamente.
Mal sabia ele a real utilidade da vassoura.
O garoto passou alguns dias na casa, ainda desconfiado de que a qualquer hora poderiam aparecer os antigos supostos donos da casa, donos esses que não apreceriam nunca, afinal... bom, deixa pra lá, melhor não falar sobre isso agora.
Um dia, Habbit, que é um ser gigantesco de aproximados 2 metros, viu uma luz acesa na casa em que Larry se encontrava. Curioso, foi até a casa para saber quem estava lá, uma vez que nunca ninguém havia visto o(s) morador(es) da casa.
Habbit bateu na porta e Larry atendeu rapidamente.
Quando o garoto Larry se deparou com o gigantosco* Habbit, ficou chocado por alguns instantes.
* - gigantosco - mistura de gigantesco e tosco
Habbit então perguntou:
- Quem é você? E o que faz aqui?
- Eu... sou... Larry... Larry Foster - disse o garoto, ainda chocado com o tamanho de Habbit. E como assim o que faço aqui?
- Larry Foster? O famoso Larry Foster que derrotou Valdemarte, o Lord das Trevas?
- Bom, sou mas não sou.
- Como assim?
- Bem, sou eu sim, mas não me lembro de ser famoso... e me lembro muito pouco do que aconteceu no dia que dizem que eu derrotei esse camarada aí.
- Bom, meu nome é Habbit, e eu sou seu vizinho. Moro naquela cabana logo alí na frente. Se precisar de açúcar, ou mesmo sal para fazer um bolo, estarei lá.
- Tá né, se você está falando... Mas espera, não quer entrar e tomar uma xícara de café?
- Não seria muito incômodo?
- Claro que não, mas só tem um problema. Eu não tenho café.
- Ah, tudo bem. Eu nem gosto de café mesmo... Todo mundo aqui na floresta só toma chá.
- Por quê?
- Ah, isso é uma longa história... Há muitos e muitos anos, Valdemarte era um bruxo como qualquer outro e também vivia nessa floresta. Porém, não se sabe bem o motivo que o levou a tal atitude, mas um dia ele foi à "Floresta Terminantemente Proibida".
- Floresta Terminantemente Proibida???
- É, porque é assim: existem as quatro florestas. A em que nos encontramos agora, chamada de "Floresta Encantada", a "Floresta Proibida", a "Floresta Expressamente Proibida" e a "Floresta Terminantemente Proibida". Qualquer pessoa pode entrar na floresta encantada. Funcionários podem entrar na proibida. Só pessoal autorizado pode entrar na expressamente proibida, e ninguém pode entrar na terminantemente proibida. Entendeu?
- Tá, mas e daí?
- Bom, o Valdemarte entrou na floresta, e saiu de lá completamente mudado. Sem falar que o Instituto da Magia tentou capturá-lo, afinal ele não devia ter entrado lá.
- Instituto da Magia? Você já tá me deixando confuso...
- Calma que é tudo muito simples. O Instituto é a organização sem fins lucrativos que reúne alguns bruxos, para garantir que ninguém descumpra as leis do próprio Instituto.
- Tá né. Mas por que não pegaram Valdemarte?
- Ora Larry, ninguém jamais teve poderes que se comparem aos dele. E hoje em dia, agora que está fraco, ele se escondeu e continua foragido.
- Mas o que tem de tão ruim na floresta que o fez ficar tão malígno?
- Ninguém sabe ao certo Larry, e quem sabe não pode falar. Dizem que animais como as planárias malígnas e os texugos ardilosos e matreiros do deserto moram lá, mas ninguém confirma isso...
- Hum... então tá. Mas e o chá?
- Chá? Que chá?
- Você que disse que todo mundo aqui na floresta só toma chá...
- E...
- Sei lá! Você que disse que essa história explicava isso, mas só falou do Valdemarte.
- Ah tá... bom, todo mundo só toma chá porque além de café, suco, toddy e cerveja, mais nada que se possa beber aparece nessa floresta...
- Ah claro. Isso explica tudo e faz todo sentido do mundo...
E então os dois se despediram e Habbit voltou para sua casa, deixando o garoto Larry ainda confuso.
Algumas casas à frente, moravam dois estudantes(um garoto e uma garota) que haviam fugido de casa após a conclusão do ensino fundamental, e agora moravam juntos em uma casa, cujo aluguel era divido por ambos. Os pais dos dois, de vez em quando, mandavam alguns presentes.
Apesar das coincidências, os dois nem sequer eram parentes. Amigos de infância, agora eles viviam
em um reduto de sexo, drogas e rock n roll, e mandavam de vez em quando cartas para os pais dizendo que ainda estavam na faculdade. Coitados dos pais dos garotos, continuavam mandando o dinheiro que deveria ser para pagar a faculdade, mas que na verdade era gasto com bobeiras, farra, bebidas, mulherada e o troco em bala.
A garota se chama Heremita Granjer, e possuí longos cabelos castanhos. O garoto, por sua vez, se chama Ronivon Uéslei, e possui cabelos curtos e ruivos.
Um dia, quando os dois saíram para caminhar, encontraram Larry.
- Bom dia. disse Roni.
- Você é novo aqui, não é? - perguntou a garota.
- Mais ou menos. Quem são vocês?
- Eu sou Heremita Granjer, e ele é Ronivon Uéslei. E você?
- Me chamo Larry Foster.
- Larry Foster??? O...
Mas antes que a garota terminasse, Larry a interrompeu:
- ... famoso Larry Foster que derrotou o Valdemarte, o Lord das Trevas.
- Bom, eu ia perguntar se era o novo cara da barraquinha de sorvete, mas acho que serve.
- Você é mesmo Larry Foster? - disse Roni. Posso ver a... a cicatriz?
- Pode sim. - disse Larry mexendo nos cabelos de forma a mostrar a cicatriz em forma de pára-raio.
- Uau!
- E vocês, quem são exatamente?
- Ah, nós moramos aqui na floresta já há algum tempo. Meu pai trabalha no Instituto da Magia, na seção de "seções, repartições e compartimentos". - disse Roni.
- E meus pais são otários.
- Otários?
- Deixa que eu explico Mita.
- Mita???
- É Larry, é o apelido dela.
- Tá né.
- Continuando... otários são aqueles que não possuem qualquer tipo de conhecimento mágico, Larry.
- Como os meus pais? - perguntou Larry.
- Isso mesmo.
- Mas, e eu? O que sou?
- Você Larry? Você não é nem um nem outro, simplesmente.
- Como assim?
- Bom, bruxo eu acho que você não é. Mas otário também não. Você parece ser o que chamam de trouxa.
- Trouxa? Vocês estão me deixando confuso.
- Calma. Trouxas são pessoas que existem em pequena quantidade no mundo, e que originalmente não possuem poderes bruxos, mas que com a convivência com tais, adquirem facilidades no uso da magia.
Porém, podem perder essas habilidades com a mesma facilidade.
- Ah, tá. Agora ficou tudo tão mais fácil...
- Bom, - interrompeu Heremita - mas mudando completamente de assunto, você joga "tetrisbol", não joga?
- Tetrisbol? Ah não, lá vem vocês com essas coisas malucas de novo...
- Você nunca jogou tetrisbol??? - indagou Roni, enquanto Larry fazia um movimento com a cabeça indicando que não.
- Bom, - insistiu a garota - tetrisbol é um jogo muito conhecido no mundo dos bruxos. Ele consiste num jogo com sete jogadores em cada time. É muito parecido com a "queimada" que os otários jogam, esse você deve conhecer. Um jogador é o cruza. Ele fica depois do campo do time adversário, e é responsável por atravessar bolas, ou mesmo "queimar" os jogadores do outro time.
- Então é exatamente igual a queimada.
- Não Larry, tem muitas diferenças. No tetrisbol, existem 4 tipos de bola. Uma é a "Nopse", que é mais ou menos do tamanho de uma bola de praia (sabe aquelas bolas gigantescas e coloridas que as crianças usam para brincar na praia, até elas estourarem depois de vinte minutos?), mas não tem qualquer função especial no jogo. A outra é a "Gaules", do tamanho de uma bola de futebol de campo, e é usada para acertar o juiz, caso esse esteja enchendo o saco. Ou para queimar o goleiro, por ser a única bola que faz isso. A terceira bola, é chamada de "Estardalhaço", e é usada para queimar os rebatedores e tem o tamanho de uma bola de beisebol. A quarta bola, que é talvez a mais importante, é chamada de "Pomo de Couro", por ser feita de plástico e... É lógico que é feita de couro! Mas a importância dela não é o fato de ser de couro. Essa bola é a mais rápida, e é do tamanho de uma bola de tênis (eu disse TÊNIS, não me vem com bobeira não) além de ser a única bola que pode queimar o cruza. As bolas até podem ser jogadas com a mão, mas é para isso que servem as vassouras. Isso depois eu te explico melhor. Ou não. Os jogadores acertados(queimados) saem do jogo e não voltam mais. É como ser expulso.
- Nooossa... não vou guardar isso tudo nunca...
- Bom... Larry? Tem mais.
- Aaaaah...
- Bem, agora os jogadores. Tem o cruza, que usa a Gaules para queimar o goleiro. Tem também quatro rebatedores que usam o Estardalhaço para queimar os rebatedores do outro time. Um goleiro que tem a função de impedir que os jogadores sejam queimados e que só pode ser queimado pelo cruza, com a Gaules. O goleiro não queima ninguém, apenas defende. O último jogador, é o apanhador, que geralmente é um jogador ágil, que tem a função de queimar o cruza, mas para tal o seu time tem que queimar o rebatedor que esconde o Pomo de Couro.
- Mas como vão saber qual rebatedor está com o Pomo?
- Aí é que tá, ninguém sabe.
- E quando acaba o jogo?
- Quando o cruza de um dos times é queimado.
- Tá né...
- Bom, com o tempo você aprende. Ah, o campeonato interflorestal de Tetrisbol começa daqui há um mês, se quiser, o Roni pode lhe ensinar e treinar com você, afinal, nós precisamos de um apanhador mesmo...
- Tá né. Se você tá falando...
Os garotos começaram então uma sequência árdua de treinamentos para que Larry aprendesse. Ele até tinha certa facilidade, pois não achou muito difícil aprender a usar sua cúmulos-nimbus 2000. No começo até estranhou realmente, mas foi pegando o jeito.
Em um dia, quando Larry andava com Roni pela floresta, encontrou três garotos: Draco Malfeito, Cravo e Gola, cujos sobrenomes não tem importância. Draco é um garoto preconceituosamente incorreto, feio e magrelo, ao contrário dos outros dois, que também são feios, mas bem fortes.
- Ih Larry, olha quem está vindo, disse Roni.
Mas o garoto desconhecia qualquer um dos três.
- Ora ora Uéslei, o que faz por aqui? E quem é esse seu amigo?
- O que faço aqui não é da sua conta, e ele é Larry Foster.
- Larry Foster? O famoso Larry Foster que derrotou Valdemarte?
- Sim, posso saber porquê? - disse Larry.
- Porque eu poderia lhe ajudar a escolher melhor suas amizades por aqui... disse Draco, olhando para Roni.
- Se eu precisasse da sua ajuda eu pediria.
Nisso Roni começa a "rachar os bico" e quase cai no chão de tanto rir, enquanto os dois capangas de Draco ameaçam ir em sua direção, mas são seguros por Malfeito.
- Cuidado Foster, você não conhece muita gente por aqui... não deveria ser tão precipitado.
- Conheço gente o suficiente para escolher minhas amizades...
- Hum, você é quem sabe. Vamos gente, não se misturem com essa gentalha.
Com isso os três garotos se retiraram.
Os dias foram passando rapidamente, enquanto Larry treinava com o seu time de tetrisbol, até o dia em que se iniciaria o campeonato interflorestal.
O interflorestal era o campeonato que reunia os melhores times de tetrisbol. Esses times eram quatro: Softwerina, time de uma floresta vizinha, do qual Draco era apanhador*, Grãfinória(que é o time de Larry, Roni e Heremita), Carnival e Upa-Upa, times de florestas relativamente próximas também. Os times jogam entre si, em jogos de ida e volta, e o campeão é aquele que fizer mais pontos.
* - Vale lembrar (ou dizer pela primeira vez), que Draco só joga no time porque seu pai comprou vassouras boas para o time todo.
O time de Larry, é assim composto: ele é o apanhador, Roni é o goleiro, Heremita é o cruza, os dois irmão de Roni até agora não citados são rebatedores, e os outro dois batedores são duas garotas sem importância para o bom andamento da história.
Chegou o dia do primeiro jogo, e todos estavam muito apreensivos. O primeiro jogo da temporada seria Grãfinória contra Carnival.
Larry estava apreensivo com seu primeiro jogo, pois temia não se sair muito bem.
O jogo ia começar, e todos estavam no estádio. É, no estádio de tetrisbol que fica no bosque e é onde são realizados todos os jogos do campeonato. No estádio cabem aproximadamente cem mil pessoas, ou setenta mil criaturas mágicas, afinal, um minotauro, por exemplo, definitivamente ocupa mais espaço do que uma pessoa normal.
O estádio estava quase lotado. Só não estava por completo por culpa dos cambistas que estavam vendendo pelo dobro do preço.
O estádio tinha grandes fileiras de "escadas", onde as torcidas organizadas se sentavam para animar os times.
Larry se assustou quando entrou no estádio: aquele ambiente, todas aquelas pessoas... estava muito cheio pro seu primeiro jogo, chegava a ser assustador.
O garoto pensava em desistir, mas algo dentro dele o fazia prosseguir. Ou isso ou o Roni, que não parava de encher o saco.
Heremita chegou ao vestiário dizendo que o jogo iria começar, e que o time deveria entrar em campo naquele momento.
O campo, caso eu ainda não tenha dito, era do tamanho de meio campo de futebol com a largura ligeiramente reduzida. Os espaços para os cruzas (um de cada lado, óbvio) são logo após o fim de cada metade do campo, entendeu? Possivelmente não, mas é só lembrar como é num jogo de queimada.
Os times entraram em campo. O estádio lotado, todos gritando, torcendo, brigando. Nada que qualquer torcida não faça.
Larry continuava apreensivo, mas algo o fez sentir-se um pouco melhor: um cara na torcida que estava com a camisa do Charlie Brown. Sabe o dono do Snoopy? É, esse mesmo. E a camisa era aquela única dele, amarela com uma "listra" preta.
Mas isso não foi suficiente para Foster se acalmar, afinal, era seu primeiro jogo.
Dois jogadores(uma das rebatedoras inexpressivas de Grãfinória e o golerio de Carnival) disputaram no "pedra, papel e tesoura". O goleiro de Carnival venceu, e escolheu o campo onde não bateria sol em seu rosto. As bolas, portanto, começariam com Grãfinória.
O juiz deu o apito inicial, o jogo acabara de começar.
Grãfinória foi com tudo para cima do adversário. Larry ainda estava apenas observando e analisando o jogo, e se desviando do estardalhaço, que apesar de não queimá-lo machucaria bastante se acertasse. Um quase o acertou em cheio quando estava distraído, mas Roni impediu que isso ocorresse.
O problema é que Larry tinha que esperar até queimarem o rebatedor que esconde o pomo, rebatedor esse que ninguém sabe quem é, pois quem lhe entrega o pomo é o juiz pouco antes da partida começar, sem que ninguém perceba. Não me pergunte como o juiz faz para não "dar na cara".
O rebatedor que leva o pomo consigo, ao ser queimado deixa o pomo com o apanhador do seu time. O pomo, quando o apanhador que o possui é acertado por um estardalhaço, vai diretamente para o outro time, da mesma maneira quando o apanhador erra o cruza ao tentar acertá-lo.
Há um narrador no estádio, que sempre narra os jogos e não fala tanta bobagem quanto o Galvião Bueno. Mesmo assim, não acompanharemos pela narração dele, porque senão, eu, narrador, ficaria sem utilidade.
O jogo estava uma correria só. O estardalhaço passando de um lado para o outro, a gaules indo de cruza para cruza tentando acertar os goleiros, o juiz desnorteado e a torcida pedindo o "Homário" na seleção.
Heremita por pouco não queima o goleiro adversário, no mesmo momento em que um rebatedor de Carnival foi queimado. E o que este guardava?
Isso mesmo, ingressos para o show do "Slayzer", que caíram quando fora acertado em cheio pelo estardalhaço.
Mas a equipe da Grãfinória nem teve muito tempo para comemorar, uma de suas rebatedoras foi queimada(ela até tentou argumentar que pé é "frio", mas foi em vão), e com ela estava o pomo. Este foi entregue a Larry.
O garoto não pensou duas vezes e fez o que qualquer apanhador que tivesse o pomo em suas mãos faria: tentar achar o maldito mecanismo que fazia aquilo funcionar. Como não obteve sucesso, partiu para seu real objetivo no jogo: acertar o cruza.
Para isso serveria(e serviu) bem sua cúmulo-nimbus 2000. Em poucos segundos estava colocando o cruza adversário para correr de um lado para o outro e interceptando quando tentavam acertar Heremita.
Seu oponente já estava sem forças, quando Foster mandou o pomo com efeito...
Catapimba!!!
Em cheio, bem no nariz e o jogo estava ganho.
Começou a sair bastante sangue do nariz do cruza de Carvinal, e imediatamente seus companheiros de equipe o levaram para a enfermaria do estádio. Alguns torcedores gritaram coisas como: "Não deixa pingar sangue no campo!" ou "Arruma outro cruza e tá tudo bem!", mas ninguém deu muita atenção.
Enquanto isso, Larry estava sendo carregado pelos outros jogadores de seu time enquanto se dirigiam ao vestiário.
Alguns leitores mais atentos devem estar se perguntando: "Peraê, é só um vestiário para um time que possui garotos e garotas?", mas calma, eu respondo. É, por quê? Tá certo que o fato dos chuveiros não terem qualquer separação torna o ambiente um pouco estranho, mas... ah, quando é a J.K.Rowling que escreve ninguém fala nada né?
FIM DA PRIMEIRA PARTE
Ah, se vc gostou e quer mais, eh soh me falar... Bruno Marcão