Carnaval 2012 no Brasil, tempo de folia de alegria, de festejar.
O povo brasileiro ainda não acordou do encantamento que foi o carnaval 2012: carnaval limpo, sem maiores acidentes, sem tragédias. A maior festa do mundo se desenrolou num cenário de descontração e alegria.
O carnaval no Brasil tem dois destinos certos: a Bahia com seus famosos carros alegóricos seguidos de foliões brasileiros, e outros vindos de todos os cantos do mundo sambando embalados pela magia da música brasileira alegre, festiva.
O outro ponto alto do carnaval do Brasil são os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro que a cada ano que passa trazem para a avenida alegorias e recursos carnavalescos inovadores: cada escola tentando superar-se sempre mais e mais.
Este ano a vencedora foi a Unidos da Tijuca, chegou para arrasar com o enredo a prestar uma justa homenagem a Luiz Gonzaga, o rei do baião, se estivesse vivo completaria 100 anos em 2012.
A escola se fez toda ela o Rio São Francisco, e ao longo de suas margens, vaqueiros, profetas do sertão, sanfoneiros, que ao estilo dos velhos tocadores de concertinas iam animando as festas nas vilas e povoações de Portugal inteiro.
Luiz Gonzaga fazia o mesmo nas aldeias e povoados que se foram formando ao longo do percurso do Rio São Francisco.
Foi mesmo a festa das concertinas, das sanfonas, de todas as cores e modelos possíveis, alguns bem inovadores.
E no alto de uma grua bem estilizada, Luiz Gonzaga e sua sanfona, como se lá do alto acompanhasse o desfile e a homenagem que o Brasil inteiro lhe prestava ali.
Toda a cultura nordestina desfilando na Marques da Sapucaí.
Uma disputa acirrada, as outras escolas também tinham lá seus encantos e não faltaram reis, rainhas, padres, bispos, misturados com as mães de santo da Bahia na lavagem das escadarias do Bonfim, um carnaval feito com garra e ousadia.
Também um carnaval que mostrou um povo mais consciente de sua história e do seu papel na história.
A crise que assola o mundo, seja de ordem econômica, como é o caso da Zona do Euro, ou o levante do mundo árabe, a que denominaram primavera árabe, mas que de primavera não tem nada, chuva de sangue, isso sim.
Então é de louvar um país que faz das crises momentos de superação. Acostumado a toda a sorte de problemas, vai driblando o dia a dia com coragem, otimismo e ousadia