Hesitação
(POEMA INSPIRADO E DEDICADO Á ESPOSSA, POETA/ESCRITORA, SÉIA FERREIRA)
DAQUELES ESTILHAÇOS QUE DE MIM RESTARAM,
AOS POUCOS SE EMENDARAM.
DAQUELE PÓ, DAQUELAS CINZAS,
DAQUELA ESCURA, FRIA, TEMEROSA NUVEM EM QUE ME ENCONTRAVA,...
VOCÊ ALI CHEGAVA.
NÃO POSSO ACREDITAR !...
NAQUELA PROFUNDA E MELANCÓLICA AGONIA,
VOCÊ VEIO TRAZENDO-ME TODA A SUA SABEDORIA.
AINDA DISFARÇANDO ESTAR,
AUSENTE DE CRUÉIS MOMENTOS DE DECEPÇÃO,
VOCÊ ME VEIO COMO UM FURACÃO.
COMPARTILHANDO AINDA,
DA MINHA DOR.; TERRÍVEL SOLIDÃO!
FEZ DE MIM, MAIS DE MIM,
TORNOU-ME ALÉM DO SER.
ADOROU-ME!... ENDEUSOU-ME!... NÃO POSSO CRER !
VARREU-ME DORES, JOGOU-ME DOCES SABORES,
COMPARTILHOU AINDA, MEUS TEMORES, NAS MAIS PROFUNDAS AMARGURAS DE MEU SER.
ILUMINOU ! VIVEU MINHA VIDA ! DEU-ME MAIS CARINHO, AMOR.
NADA MAIS, NADA MAIS DO QUE MUITO MAIS VALOR.
QUEM SOU EU AINDA ? ME PREOCUPO.
QUEM SERIA, QUEM DEVERIA,... ESSE SER AINDA NÃO DESFALECEU,
MAS UM DIA, TALVEZ ATÉ UM DIA,
ALGUM DIA ANTES,... TENTAREI, DECIDIR-ME AINDA.
P O E M A DE: Séia Ferreira e Berenaldo Ferreira
MESMO ESTANDO AO TEU LADO, MEU CORAÇÃO É DESERTO E ÁRIDO.
A TRISTEZA É COMPROVADA
O TEMPO FAZ COM QUE MINHAS LÁGRIMAS
MINHA VIDA AMARGURADA, FATIGADA. CHEGA ESPALHANDO,
DESMORONANDO MEU APERTADO E SOFRIDO CORAÇÃO
TENHO MEDO FICAR AMARGA
JÁ NÃO TENHO RISOS NEM NADA.
SOMBRAS DA ESCURIDÃO
A CADA DIA PERSEGUEM-ME E NÃO SINTO AINDA
O SANGUE QUE EM MINHAS VEIAS RASGUE PELA FRENTE,
ATÉ MESMO A POUCA ALEGRIA VAGAROSAMENTE
A LUZ NÃO MAIS VEJO O VENTO
NERVOSAMENTE SACUDIA E ME ESTREMECIA TRAZENDO DOR E MELANCOLIA,
NA FRIA TRISTEZA DE MINHA DESMASCARADA, AGONIA.
"EM FERRAZ NA CAMA DO QUARTO DO 19/12...' 21/11/1999
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VAGA VIDA AMARGA
SINTO-ME CONFUSO, ATORDOADO!
AS MULHERES QUE PARA MIM DEVERIAM SER SUBLIMES,
SEM MALDADES VEJO-AS LENTAMENTE,
DESMANCHANDO-SE EM VAIDADES
ACREDITO NO SER PERFEITO,
SEMPRE CARREGUEI NO PEITO, ESSAS DOCES PALAVRAS.
E AS MULHERES QUE UM DIA PENSEI PUDESSEM ME DIZER,
COMO SEREM AMADAS?!
TEMO MINHA EXPERIÊNCIA AGORA
ELA ME DIZ, MAS TENTO NÃO ACREDITAR AQUILO QUE DEVERAS,
ME FAZ SENTIR PESAR.
LUTO INCESSANTEMENTE SEM ME CANSAR
NÃO POSSO PERDER, AQUILO QUE UM DIA ME FEZ ACREDITAR! 27/11/1999
FAZER DO SER O QUE NÃO É NAQUELE FÉTIDO,
GELADO E MISTURADO LUGAR
SERES EXISTIDOS TALVEZ
ALGUM DIA TENHAM SIDO AQUI FORA NA VIDA
NÃO MAIS ROLA UM PRANTO E GEMIDOS SURDOS DE DORES INFAMES
CAEM EM UM PROFUNDO SONO
ONDE CRIATURAS AGORA TENTAM,
FAZER DE CONTA PASSAR O TEMPO
A CONTAR OS VÃOS OLHARES FRIOS,
TRISTES, DESPREOCUPADOS, PENETRANTES
EXCETO NA HOSTIL E VAGA VIDA AMARGA.
DESAFOROS AINDA LHE SÃO DERRAMADOS
INESCRUPULOSAS PESSOAS DESALMADAS
DE UMA ÚNICA E MÍSERA VAGA VIDA AMARGA.
22/02/2000
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ABISMO TEMOR
PEQUENOS PEDAÇOS NEGROS,
TRISTES DE ILUSÃO
QUE FAZEM E TORNAM O SER DEPRIMENTE NU,
PURA EMOÇÃO,
COMPAIXÃO ÓDIO E FRIEZA DÁUMA VIDA DESFEITA
O SILÊNCIO MALTRATA E NÃO NEGA
SEM TENTATIVA O SER NADA NADA FAZ E
SE CALA JUNTAMENTE COM ELE,
NO FUNDO DÁALMA PROFUNDAMENTE SENTE A DOR
FLORESCER RÁPIDA E
COM DEMAIS RANCOR
NO MAIS NEGRO, ABISMO TEMOR
SENTE E NÃO DESFRUTA DO AMOR
QUE DEVERAS PUDESSE PENSAR,
UM DIA, PODER VERDADEIRAMENTE ENCONTRAR.
04/01/00 poema De: Berenaldo Ferreira
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BRADOS VORAZES
Naquela animada escura e quente noite
Entre muitas e muitas pessoas
Onde vários sons se ecoam
Aquele discreto ser se amaldiçoa
Sem muito o que fazer, apenas aguarda
Aqueles minutos que não passam
Naquela sua esperança de algo ser
Para aquela que pensasse, jamais lhe ofender.
Aquela busca, aquela espera logo acabaria?
Até exatamente... quando a ela encontraria?
Sussurros e gemidos agudos, já distantes, e
Alegres brados vorazes, emitem destemidamente
E em meio a todos aqueles figurantes
Chega manso, frágil! Mas demais certo e confiante.
11/02/01 02:30 em Taubaté
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TOME - M Ú S I C A Berenaldo Ferreira
Ei, vejam o que aconteceu,
Nosso mundo enlouqueceu
Riquezas, jogos, emoções
Todos à procura de diversão
Ei, vejam o que aconteceu
Nosso mundo enlouqueceu
Você nasceu, Vai viver, vai crescer, vai morrer
Tome, tome, tome Tome, tome, tome
Você nasceu, Vai viver, vai crescer, vai morrer
Tome, tome, tome Tome, tome, tome
Ei, Você nasceu, Vai viver, Vai crescer, vai estudar, vai trabalhar Vai roubar
Ei, Você nasceu, Vai viver, Vai crescer, vai estudar, vai morrer eeeeeh
E, tome, tome, tome, tome, tome, tome.
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DESABAFO - POEMA Berenaldo Ferreira
Neste vasto mundo,
Tenho um grande amigo.
Sinto-me ao seu lado, Constantemente...
Seus gestos ou qualquer movimento
Para mim é um interno sofrimento.
Assim me diz meu amigo,
Acredito e o compreendo.
Dizer asneira ou fazer tormentos,
Não me assusta quem ou por quê.
Idiota e imbecil, todos o acham,
Exatamente porque neste tempo,
Ninguém escapa, em NÃO SABER.
1982
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DESASSOSSEGO DELATOR - POEMA Berenaldo Ferreira
Profundos, insanos e perturbadores sentimentos
Tormentos angustiantes de escancarada dor
Salteiam, ciscam, esbravejam em cada canto
Sofrimento, apelo, busca de consolo, conforto.
As angústias ficam fortes como o pavor
O ódio, a ira não dão vez ao amor
Ainda na tênue e maliciosa colcha de um encanto
De um clamor, um glamour, um esplendor.
Queixas, aflições, marcham sem piedade
As direções são contrárias, pálidas
Caindo-as, sempre, no desassossego delator.
Ainda no mais amargo e furioso temor
A sombra do perseguidor não mais solteia, nem cisca, nem esbraveja
Apenas tenta, tenta ainda que deveras, ser um possuidor.
03/01/00
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TERRÍVEL SOFRER - M Ú S I C A - Berenaldo Ferreira
Toda figura humana
Todo ser em todo lugar todos são iguais e não há aaah!
Motivos de ficar Nesse falso altar - nesse falso altar
Todos são nada a não ser
Um terrível sofrer - um terrível sofrer
Não dá mais pra suportar aaaah!
Aqui neste lugar aaah!
Tamanho choque
Deste mal-estar
Repete I - solo do início
A vida é um pesar aaaah!
É um triste piscar desintegra aaaah!
E não mais há Repete II, I (2x)
Deste mal-estar; deste mal-estar; deste mal-estar ...
11/10/2003
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POBRE VIVER - M Ú S I C A - Berenaldo Ferreira
Cada figura humana,
Cada ser, em cada lugar
Seja no trabalho ou No lar
Somos iguais,
Mas, sem ter nenhum motivo
De ficar no mesmo lugar
Nesse falso altar.
Todos somos, (nada a não ser)
Um eterno, terrível sofrer,
Neste incerto e pobre viver
Neste incerto e pobre viver
Não dá mais para suportar,
daqui deste lugar
Tamanho choque, mal-estar
Deste lugar, deste lugar, deste lugar
A vida é um pesar, a vida é um triste piscar
Passa a desintegrar
E não mais há ah,
Paz e bem-estar (paz e bem-estar, paz e bem-estar)
Não quero, não quero, não quero mais, não quero mais
A abstração, a abstração deste pensar
A abstração, a abstração, a abstração
Deste pensar a abstração deste pensar
A abstração deste pensar ( a abstração deste pensar)
Cadê a solução? Quem pode me explicar? aaaah
Ninguém consegue me explicar?
Explicar, explicar, explicar, explicar, explicar, explicar...
11/10/2003
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DECEPÇÃO EXISTENCIAL - Berenaldo Ferreira
É muito difícil falar
De uma vida que não há
O motivo é só um falso e penoso engano
Quando todos pensam: viver e ser
E sem exceção
Todos se vão e continuarão a passar
Num contínuo desprazer
Em um mundo onde não há,
não haverá
Nenhuma certeza de qualquer prazer em viver
Nenhuma certeza de qualquer prazer em viver
Nenhuma certeza de qualquer prazer em viver
A vida é só um falso e penoso engano
E é difícil falar
De um mundo onde não há
E nunca haverá, a razão de se estar
Ficamos, mas nunca percebemos e nem saberemos
Até o encontro fatal chegar
E talvez, ainda, será sempre igual
E ainda assim seremos seres banais
E, somente o certo
Que podemos ter
Que podemos saber, é essa vida rasteira
E passageira que somente passamos por ela
Sem entender
O ciclo vital nada mais é,
Do que uma mera expressão banal
O ciclo vital nada mais é do que uma decepção existencial
Neste nosso impuro, incerto, efêmero viver
A morte vindo... A vida passa a deixar de ser
Tudo aquilo que todos pensavam ter
Depois nunca mais será certo
Aquilo que um dia
Tantos lutaram em fazer acreditar
Que a vida é Que ela existe e que ela vive.
12/10/2003
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SOZINHO NESTE MUNDO - Berenaldo Ferreira
Meus botões caíram
Meu cinto não mais tenho
Minhas calças sumiram
E meus sapatos me negam
Nu - estou só neste mundo, neste mundo...
Minha vida já não tem mais sentido
As pessoas parecem vestidas
Vestidas de ilusão
E não percebem a decepção
De estar num mundo
Maltrapilho e cheio de sofridão.
O encanto da vida é apenas fantasia
Que disfarça a realidade,
Em uma falsa alegria
O desencanto de uma ira
É apenas uma realidade
Que é difícil ser encarada
De modo natural da vida
Encobertos de felicidade
Abotoados e apertados de satisfação
Embora inconscientes
Todos se sentem
Grandes figurões, grandes cidadãos
Mas, passam de uma espécie de ficção
São seres que na verdade
Estão em profunda e constante transformação
Enganação
Suas ingênuas maneiras os conduzem
Ás mais incríveis frustrações
E, sem saber, continuam achando ter alguma Irrefletida satisfação
Na verdade, não passam de seres nus,
Sem ter qualquer boa razão
Ou qualquer certeza de se viver
Verdadeiramente com prazer.
12/10/2003
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NUNCA ME DISSE - M Ú S I C A - Berenaldo Ferreira
Nunca me disse
Que devia ser um ...amigo
Na rima, no mundo
Nunca me disse
Que devia ser um ...
Ainda, tentando, lutando, ficando, dizendo, mas,
Nunca me disse
Que devia ser um ... amigo
Na rima, no mundo.
Nunca me disse que devia ter um ...
Amigo,
Na esquina do muro
Nunca me disse que devia ter um ... Inimigo, passando, morrendo
Nunca me disse que devia ter um ...
Ombro, esperando, amigo
Nunca me disse que devia ter um ...
Espelho, consolo, um retorno
Nunca me disse que devia ter um ...
Verdadeiro, carinho, (no) caminho.
Nunca me disse que devia ter um ...
Amigo, na rima, no mundo.
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IÁII GO AWAY - M Ú S I C A - Berenaldo Ferreira
IÁ II go, IÁ II go, IÁ II go away - but you donÁ t care!
ÁCause I, will Come back To stand
by your side
And even thought
I cry
IÁII go, IÁII go, IÁII go away - but you donÁ t care!
Although I cry
and I Although I am
in blue
DonÁt matter what happen
Because I, I will go away
To leave ago the past
But I never forget it anyhow.
IÁII go, IÁII go, IÁII go away - but you donÁ t care
ÁCause IÁ II
Come back To stand
by Your side
And even though
I cry , IÁII go, IÁII go, IÁII go away But you donÁ t care.
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UM ELO!
poema De: Séia Ferreira para Berenaldo Ferreira
Inatingíveis horizontes visíveis e distantes
Ainda que com sua máscara de austeridade
Te amo com imensa saudade, e sinto,
Apesar de longe, me dominar, seu corpo inerte.
Entreabro meus lábios úmidos, sedentos
Os teus aos meus unidos, molhados, algosos,
Sentindo-me na solidão - sua ausência me mata.
Lamento um profundo e intenso soluço de decepção
Não consigo dormir só Já é hora, e mais uma vez tenho que partir...
Peço-te um abraço, um sorriso belo.
Descalço os pés dos teus chinelos
Tente expelir seus sentimentos
Abandone-se a mim num momento,
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ÓH, PEDRA! poema De: Séia Ferreira para Berenaldo Ferreira
Tu vens de longe, oh, pedra!
Suavizou-se o tempo
Para entalar-te o rosto
Encismerado e lento
Teu rosto como um templo
Voltado para o oriente
Remoto como nunca
Eterno como sempre - - - - - - - - -
E, subitamente se aclara em movimento
Como se a chuva e o vento
Cedesse seu momento
A pura claridade
Do Sol e do amor intenso!
07/09/00
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Seres já existidos De: Berenaldo Ferreira
Atualmente estou a refletir:
Os poetas de outrora
Ao meu lado não estão
Mas os tenho em minhas mãos.
Ás vezes, sem seus pensamentos
Livros - algumas folhas amareladas e gastas
E tudo o que me é oferecido
Seus estilos, perfis de seres já existidos.
Consagraram-se, perpetuaram - se.
Alguns puderam ainda, verem-se
Mesmo antes do sepultamento.
Agora, aqui estou a escrever e a pensar
Sei que um dia, também alguém
Além de me estudar... em suas mãos me terá.
26/11/1999 às 02:50 hs da matina
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ARES DE NOVEMBRO - POEMA (INSPIRADO E DEDICADO Á POETA SÉIA FERREIRA)
SEM ARDENTES E PROFUNDOS DESEJOS
AINDA, EMBORA, COM ALGUMA CHAMA DE DOR,
LANCEI-ME A TODO VAPOR
NO FIO DA APOSTA DAQUELE FRESCOR, AMOR
NAQUELA SERENA, BELA E DESEJADA MULHER
DEPOSITEI, DEVOTEI E APOSTEI TODO O MEU INTENTO
ESPERANDO, AINDA COM POUCO TEMOR
ALGUM LAÇO DE COMPREENSÃO; DE AMOR
ANOS IRÃO SE PASSAR CONTUDO
OS ARES DAQUELES TEMPOS
JAMAIS DISSIPARÃO OU NOS ENGANARÃO
OS ARES DE NOVEMBRO FRESCOS, TERNOS, QUENTES E ARDENTES.
PRESENTES. FEZ E FAZ-SE, AGORA, NOVAMENTE. 07/11/1999
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ARES DE OUTONO - POEMA (EM RESPOSTA AO SONETO DE BERENALDO FERREIRA, "ARES DE NOVEMBRO')
DAQUELES ARES DE OUTONO ENCONTREI O VERÃO
QUE COM VOCÊ SE INSTALOU QUENTE, ARDENTE
ACOMPANHADA DE SEU ABRAÇO
RECEBEMOS O INVERNO
INIBIDO COM O NOSSO CALOR
NEGOU-SE A FAZER SUA TAREFA
A PRIMAVERA NUNCA FOI TÃO FLORIDA
BELAS ROSAS, MARGARIDAS
NOS ARES DE NOVEMBRO FRESCOS
COM SUA SOBRIEDADE QUENTES E ARDENTES
COM SUA COMPANHIA TERNOS, SUAVES,
SEM EQUÍVOCOS PRESENTES, REAIS,
OBSTINADOS SOU, ESTOU,
SEREI SEMPRE DEVOTA AO TEU AMOR !
SÉIA FERREIRA ( RESPOSTA AO POEMA DE BERENALDO FERREIRA, ' HESITAÇÃO ' ) RESOLUÇÃO (SUA) - POEMA INSPIRADO E DEDICADO AO POETA E ESCRITOR, BERENALDO FERREIRA
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SÉIA FERREIRA
É MUITO DIFÍCIL ESPERAR
PRINCIPALMENTE PELA DECISÃO QUE NÃO SE SABE SE VIRÁ
MAS O NEGÓCIO É ESPERAR
SE TE ILUMINO,
É VOCÊ QUEM DIZ
SE TE ACARINHO,
É VOCÊ QUEM ME FAZ FELIZ
E CONTINUO A ESPERAR... TALVEZ....
DAS AMARGURAS DE SEU SER
NÃO AS CONSEGUI RETIRAR AINDA
NÃO MORREU MAS MEU CORAÇÃO FOI VOCÊ QUEM ROMPEU...
CHEGANDO COMO UM FURACÃO
ESPALHANDO SUA AGONIA TENTEI DAR-TE ALEGRIA...
QUE PARA MIM VEIO EM FORMA DE DOR, SOLIDÃO...
CRUÉIS MOMENTOS DE DECEPÇÃO
O QUE SOBROU DE MIM ? FRAGMENTOS ! ESTILHAÇOS...
QUE SÓ VOCÊ ENTENDERÁ... PÓ!
CORAÇÃO EM PEDAÇOS... NÃO POSSO ACREDITAR!...
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