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Artigos-->O títere -- 06/08/2012 - 21:57 (Professor Marcelo Guido Noronha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O títere

(de Marcelo Guido Noronha)



• Boneco que se move por cordéis e engonços, imitando gestos humanos. (Sin.: bonifrate, fantoche e marionete.)

• Palhaço, bufão.

• Fig. Indivíduo que se deixa levar facilmente por outrem, que só age por inspiração ou a mando de outrem.



O ser humano é capaz de proezas dantescas ou de gestos dos mais cretinos.



O que define cada pessoa é noção de caráter, de senso de realidade, de capacidade de produzir focando-se em si e na sociedade, tal como os movimentos de rotação e de translação que envolvem Sol e Terra numa bela harmonia que é de suma relevância para a nossa existência como conhecemos.



Dizem que temos santidade e maldade desde o nascimento. O que nos define é como lidamos com os fantasmas ocultos de nossas personalidades, trazendo à tona o guerreiro, o lorde das sombras ou o títere.



O guerreiro trava suas próprias batalhas, luta pelo que acredita (estando certo ou errado; sendo “do bem” ou “do mal”) e, em nome de suas convicções, vai às últimas conseqüências. Ganhando ou perdendo, mantém-se fiel a si.



Todavia há os lordes das sombras que abusam e usam de subterfúgios para alçar suas metas diretrizes. Todavia, por não dispor de caráter em seu repertório de atributos natos e/ou adquiridos ao longo da vida (eis um tema controverso e que não deve ser trazido à baila aqui), esses indivíduos sentem a necessidade de utilizar-se de meios escusos (explícitos ou não) para atingir seus meios. Ocultam-se, confortavelmente, em sombras para (mandar) atirar a esmo e assistir de seu camarote de covardia os efeitos de suas ações. Como antigos reis, necessitam de fieis escudeiros para que seu estratagema funcione: está preparado o cenário perfeito para que o terceiro elemento adentre nesse jogo...



Seduzido, muitas vezes, por um fantasioso e frágil sonho de conquista fácil aparece a figura do títere. A criatura sempre está em desvantagem (física, afetiva, intelectual e/ou de qualquer outra natureza) ao seu criador (que tem a plena certeza de que não está se deparando com um Frankenstein (ou moderno Prometeu)).



Sabe que tem à disposição o soldado conveniente, movido por uma crença cega e sem questionamentos, para lutar uma guerra que não é sua. Muitas vezes seu preço é tão ínfimo para executar o “trabalho sujo” que chega a beirar donativos meros.



O títere é movimentado como uma tosca peça de tabuleiro, não sabe (ou se “finge de morto”) que está sendo acionado por cordas invisíveis e age (ou se empresta) como mero objeto que, se danificado ou destruído, seu “dono” não fará a menor cerimônia de trocar por outro de igual ou pior qualidade. E se atingir seus propósitos, o títere pouco ou nada ganhará, pois todos conhecemos como funciona as pirâmides da sociedade humana desde tempos imemoriais...



E depois? O que acontece? Nada. Todos os que degladiaram e permanecem são prejudicados... Esses transpassam suas amarguras para novas gerações. Guerras santas são travadas e ficam as seqüelas e os rastos de destruição por todo canto.

Saldo final: todos em campo se ferem. E o manipulador, tranqüilo de sua fortaleza da solidão (não confundir com a de cristal glacial do universal Kal-El) abandona o barco antes do naufrágio e já avista outros “inimigos” e outros títeres...



Aprendi que a Inteligência (com I maiúsculo mesmo) é um dom que somente vale quando a utilizamos para o nosso bem e, também, para a coletividade.



Isto é a "Liberdade Consciente", ou seja, pular os muros, mesmo que às custas do próprio sofrimento.



Ninguém vive sem liberdade e esta, por sua vez, causa sérios conflitos. E os conflitos ocasionam a célebres batalhas, desde que conscientes e justas para que, unicamente assim, os tragicômicos que pretendem criar vilões em seres "do bem" e que querem beatificar "demônios" sejam, pois, ejetados para um local onde apenas poderão fazer mal a si mesmos: o inferno de suas próprias almas nojentas e doentias.
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