----- Porquê o título? Tão só porque descobri em Clara Maria Lira Vargas um excelente refúgio de ternura usinal. De peito aberto e com propriedade passei a tratá-la por Clarinha; por sua vez, a Clara nomeou-me seu agente secreto, em lugar de me ter mandado, sem mais passeio, às malvas!
----- Uma interessantíssima peripécia, cujo desfecho poderia ter sido frustante, culminou em entendimento amigo e agradável. Ainda há pessoas que se admiram que as coisas que começam mal acabem bem.
----- Após o esclarecimento do incómodo desiderato, quiçá para me passar um fraterno e elegante "sabão", a Clarinha convidou-me a visitar o seu "Refúgio nos Pinheiros", um conto de dor azul que expôs aqui na Usina em 2.1.2002, à 1h15, e que foi apenas consultado 14 vezes. Os Usineiros parecem apreciar muito mais os duelos à bala iliterária.
----- Em duas páginas de comovente desabafo (suponho que pessoal), Lira Vargas descreve com enlevada ternura um doloroso trecho da vida da heroína, no decurso dos anos cinquenta, quando, sob luto candente por sua mãe, teve de ver partir seus dois jovens filhos para o Brasil, em demanda dos dourados sonhos de então.
----- Claro que não vou adiantar mais nada sobre o conto; quem quiser conhecer-lhe o perfume e respirar-lhe a essência, clica e vai lá consultá-lo. Pretendo apenas felicitar a Clarinha pelo desanuviamento espiritual que me proporcionou, enternecido e pleno de claridade. Os meus sinceros parabéns cara e simpática colega usineira.