Diferentemente do que alguns vem dizendo, o protesto dos estudantes não é um ato de comunistas e nem está pondo a democracia em perigo. É inegável que a democracia brasileira é madura e está preparada para enfrentar os mais variados desafios. E os protestos dos últimos dias é um claro exemplo disso. Em um país onde a democracia não pode ser exercida em sua plenitude tais protestos já teriam sido sufocados ou reprimidos duramente pela polícia. O caso paulista, onde a polícia cometeu exageros, foi uma situação isolada. E o próprio poder publico reconheceu seu erro, pediu desculpas à população e prometeu apurar as responsabilidades. Portanto, não foi um ato de repressão comandada pelos órgãos governamentais semelhante ao que ocorre em países onde a democracia ou não existe ou é extremamente frágil. Desde a queda do ex-presidente Fernando Collor em 1994, o Brasil atingiu o mesmo patamar das nações mais democráticas do mundo. Isso é reconhecido mundialmente e somo inclusive um exemplo de nação democrática na América Latina. No entanto, é preciso reconhecer que a democracia brasileira não é perfeita. Isso porém é mais fruto da deficiência de nosso sistema político-partidário do que da democracia em si. Assim, os protestos que vem sacudindo os grandes centros urbanos não ameaçam de forma alguma a democracia e as instituições democráticas. Aliás, a mobilização social, tal qual a que vem ocorrendo nos últimos dias, é saudável para a consolidação da democracia. Então, em nome da democracia, vamos todos protestar e mostrar que o povo tem voz e é, de fato, o guardião das instituições democráticas. Mas sem baderna ou quebra-quebra. Vandalismo não combina com Democracia. Pois o vandalismo, o quebra-quebra e a destruição do patrimônio Público pode sim ameaçar tanto a democracia quanto minar os objetivos dos protestos.