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Artigos-->A respeito do crédito -- 18/03/2002 - 22:53 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A RESPEITO DO CRÉDITO





Nos últimos vinte anos o crédito financeiro recebeu uma série de tecnologias e tornou-se praticamente automatizado.

Junto a informação instantânea, teorias da capacidade de pagamento, ora lastreadas em balanços (Pessoa Jurídica), ora em comprovantes de rendas e patrimônio (Pessoa Física), deixou ao largo a parte mais importante: O operador.

Como um ex-operador de crédito, tenho analisado os meus colegas e vejo que na sua maioria ao deferir uma operação estão mais preocupados no cumprimento das exigências da empresa e no lucro do que na real capacidade do cliente.

Com as alçadas mínimas, pequenos limites são aprovados sem que os cadastros sejam devidamente analisados e as rendas compatíveis com os respectivos limites. Os cartões de crédito são aceitos pelas empresas com comprovação de declaração de "contadores" que na maioria das vezes são fictícias. Muitos executivos demitidos usam seu último contra-cheque para abertura de cheques especiais e só após o primeiro vencimento é que nossos operadores tem conhecimento do ocorrido. Enumerar casos de créditos concedidos a empregados demissionários e pequenas e médias empresas em decadência se tornaria cansativo já que diariamente estamos convivendo com essas ocorrências: Clientes "tradicionais", "boa reciprocidade", "filho de fulano grande aplicador", "operando em larga escala nos bancos da praça", "empresa em pleno desenvolvimento", etc, etc.

O dia-a-dia com o cliente observando ao vivo o faturamento ou sua estabilidade na empresa, passam despercebidos e quando os olhos são abertos já é tarde.

Fixar os olhos simplesmente em Informações Cadastrais, SERASA e Telecheque a cada operação, são atitudes válidas mas não suficientes. A economia brasileira é dinâmica e volátil. O que foi hoje poderá não ser amanhã: Uma simples medida provisória ou uma alteração cambial poderá transformar um cliente líquido em ilíquido, um profissional bem remunerado em um novo desempregado e assim por diante.

O crédito tem "Razões que a própria razão desconhece". Isso mesmo! - O crédito tem razões subjetivas e precisamos usá-las juntamente com as razões técnicas e objetivas. As razões subjetivas podem melhorar a qualidade do crédito e dar mais segurança ao operador. Para tanto, basta que a cada operação o operador faça duas perguntas a si mesmo:

1 - Se o dinheiro que estou emprestando fosse a minha reserva de poupança, eu emprestaria?

2 - Por que eu não tenho nenhuma dúvida na liquidez desse cliente?

Se a resposta da primeira pergunta for positiva, junte as razões da segunda, e se continuar OK, pode operar.

A primeira pergunta responde a questão da sobrevivência e defesa própria, enquanto que a segunda, checa todos os itens para um bom deferimento de crédito.

Não estou querendo ensinar "Padre Nosso a Vigário", nem fazendo crítica irresponsável, quero apenas repassar ensinamentos que vivi nos meus 14 anos de gerencia, que poderão ajudar a diminuir erros com um simples exercício de lógica.



Mauro de Oliveira

25.03.95



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