O Uruguai está para se tornar o primeiro país do mundo a liberar o consumo e o cultivo de maconha, acabando com a marginalização da droga. A descriminalização da maconha ainda tem de passar pelo Senado daquele país, mas mesmo ali, a vitória é dada como certa, apesar da oposição de uma maioria considerável da população. A alegação para a liberação do consumo é de que o Estado perdeu a guerra para o tráfico de drogas e só assim será possível enfraquecê-lo e combatê-lo com mais eficiência. Aliás, este não é um problema só do Uruguai: a população da maioria dos países são refém dos traficantes, inclusive do Brasil, e a descriminalização das drogas mais leves como a maconha por exemplo é uma das saídas, uma vez que o Estado tendo o controle da venda pode taxá-las assim como faz com o tabaco e usar os recursos para o combate do tráfico de drogas mais pesadas e as quais causam danos muito superiores àquele causado pela maconha, cujo dano não é tão diferente daquele causado pelo tabaco. Não se pode prever com certeza se de fato o Uruguai deu o passo certo, no entanto, seja la como for, só o ato de coragem faz do nosso vizinho um exemplo para o mundo. O Brasil deveria seguir o exemplo uruguaio, mas nossa sociedade, retrógrada demais, e nosso parlamento, dominado por bandidos e fundamentalistas religiosos, jamais aprovariam tal lei. Os traficantes dominam a maioria das comunidades nos centros urbanos, fazendo refém milhares de pessoas de um lado e causando os maiores índices de criminalidade, mas mesmo assim nossos governantes insistem em dizer que o combate ao tráfico está sob controle. E alguém acredita nisso? Acho que nem aqueles que acreditam em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, A descriminalização da maconha é o único passo para acabar com o crime organizado. Aliás, quanto aos argumentos a favor e contra à descriminalização das drogas, o amigo leitor poderá ler este ensaio, onde procuro esclarecê-lo dos benefícios desse grande passo dado pelo Uruguai.
