Usina de Letras

Depois da onda de protestos que varreu o país em junho, provocando uma queda de mais de 30 pontos na e a popularidade da Presidenta Dilma, segundo o Datafolha, ela voltou a subir 5 pontos, recuperando-se em parte dos desgastes, embora continue muito distante do que era antes dos protestos. Isso indica uma tendência de recuperação que deve prosseguir nos próximos meses, embora talvez não volte aos níveis alcançado por ela nos primeiros meses do ano. Aliás, se a inflação continuar em queda e a atividade econômica der sinais mais claros de crescimento, Dilma terá uma recuperação tanto de popularidade. Com a recuperação da popularidade, voltou a subir também o índice daqueles que pretendem votar nela nas próximas eleições, provocando desânimo no PSDB. Talvez o maior destaque dessa pesquisa seja exatamente a mudança de humor do eleitor que, de alguma forma, vem rejeitando os políticos tradicionais como Aécio Neves e José Serra do PSDB e Eduardo Campos do PSB, o quais voltaram a cair enquanto a candidata Marina Silva (REDE) continua em acensão. Aliás, essa pesquisa jogou um banho de água fria no PSDB, uma vez que mostrou Marina Silva como a melhor opção e alternativa ao PT. Ainda é muito cedo para dizer se realmente a candidata da REDE terá potencial para angariar apoio e se tornar a opção mais viável daqueles que querem o PT fora do Palácio do Planalto, mas está se configurando um desgaste no PSDB que pode levar o partido a perder o rumo de vez. Se Aécio Neves era indiscutivelmente o único candidato até pouco tempo, hoje José Serra começa a enxergar uma possibilidade maior de disputar pela terceira vez a presidência sem ter de deixar o PSDB, coisa que ele vem ameaçando fazer há alguns meses. Enfim, a disputa ainda está muito confusa, sem uma tendência definida, mas dessa vez Dilma e Marina, por coincidência duas mulheres, saíram na frente.