Usina de Letras

Embora ainda faltam 9 meses para as eleições, a candidata e presidente Dilma (PT) larga com vantagem não só por estar no poder e ter a máquina administrativa a seu favor, não só por ter recuperado nos últimos meses a popularidade perdida nos protestos de junho do ano passado, não só por estar em primeiro lugar nas pesquisas; mas principalmente por ser mulher, pelo fato de a maioria dos eleitores serem do sexo feminino, pelos programas assistencialistas como bolsa família e bolsa escola favorecerem principalmente as mulheres, por causa da percepção de que as mulheres são mais honestas e menos corruptas do que os homens (os políticos condenados no escândalo do “mensalão, por exemplo, são todos homens) e por fatores externos como a eleição de Angela Merkel (Alemanhã) e Michele Bachelet (Chile) dão a impressão de que as mulheres estão mais aptas que os homens para comandar uma nação. E não é só isso: a maioria dos condenados no “Mensalão” já estão na cadeia e isso não terá o menor impacto eleitoral, diferentemente do “Mensalão Mineiro” que começa a ser julgado esse ano pelo STF e poderá sim causar danos à candidatura de Aécio Neves (PSDB), já que a maioria dos acusados são de seu estado (Minas Gerais) e de seu partido. Outro fator a favor de Dilma é a desistência de Marina Silva (REDE). Embora a união com Eduardo Campos (PSB) possa fortalecer a candidatura dele, Maria seria uma candidata capaz de tirar mais votos de Dilma do que Eduardo Campos, justamente por ser mulher e por já ter concorrido na eleição passado, obtendo inclusive uma expressiva votação. E para finalizar temos ainda a Copa do Mundo de Futebol que, se o Brasil for campeão, os marqueteiros de Dilma usarão a seu favor. Muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte, mas não há dúvida de que o caminho de Dilma a um segundo mandato é mais bem fácil do que o dos concorrentes. O PT pode sim dar um grande passo para realizar o seu maior objetivo: ficar 20 anos no poder.