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Artigos-->ESPECTROS DE AMOR -- 19/02/2014 - 22:04 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


ESPECTROS DE AMOR



 



                 Francisco Miguel de Moura



 



Tentei um poema do nada... Que nada?



Um espectro aparece ante o espelho:



Quem lá estava? Minha própria (al)face?



 



Risquei o rascunho e fechei-me os olhos,



A dor me fez abri-los... E o espelho lá,



Mostrando a outra face a devorar-me



                                                    



De pena e raiva, choro sem lágrimas:



Mágica de doido, fiquei a imaginar



Um conto, fadas... Que conto de horror!



 



Vi quando as feras já se quebravam:



As cobras vivas engolindo a sala.



 



Pisei por cima de espelhos minúsculos,



Olhei-me sem ver nem ouvir fala.



 



Agora não tenho como acalmar-me,



Nadando, afogado, diante do nada.



 



__________________



*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, nascido piauiense, mora em Teresina, a Capital mais verde do país, por isto apelidada de “Cidade Verde”, pelo ilustre escritor Coelho Neto.


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