O silêncio do governo brasileiro diante da crise na Ucrânia, provocada pelo apoio da Rússia ao Referendo na Crimeia e a anexação desta ao território russo vem gerando protestos da comunidade internacional. De fato, uma das maiores diferenças entre o Governo do ex-presidente Lula e o atual está justamente na diplomacia internacional. No período em que Lula governou, o Brasil era atuante e procurava fazer valer a sua importância no cenário Mundial, mesmo que em certos momentos a atuação brasileira fosse um tanto atrapalhada, mas “melhor tentar acertar e errar do simplesmente não tentar nunca”. Era o que o país fazia, já que não tinha experiência e jamais fora um protagonista nas grandes questões diplomáticas. Aliás, trata-se de um dos maiores legados de Celso Amorin, o qual mostrou que o Brasil pode ser relevante no cenário mundial. Infelizmente, o governo Dilma, talvez não querendo errar e dar um passo maior do que a perna, preferiu não se envolver nas grandes disputas diplomáticas, assistindo a tudo em cima do muro como se essas questões não nos dissesse respeito. Por isso o país se calou até onde pode na questão dos protestos na Venezuela e até o momento não disse nada com relação à crise na Crimeia. Talvez se explique o silêncio brasileiro pelo fato da Rússia ser um dos nossos grandes parceiros econômicos e por fazer parte do chamado BRICS. No entanto, isso não justifica, uma vez que somos um país democrático, defensor das liberdades individuais e do respeito à autodeterminação dos povos. È sabido que o referendo na Crimeia a tentativa de anexação desta pela Rússia viola tanto a soberania da Ucrânia quantos as leis internacionais. A Crimeia tem o direito de decidir seu futuro, mas não da forma que está fazendo. Qualquer idiota sabe que esse referendo é uma tentativa de Vladimir Putin de legitimar uma anexação, mas tem-se a impressão de que o governo brasileiro não sabe disso ou finge que não sabe. Aliás, o mesmo acontece com relação aos protestos na Venezuela. O que se vê hoje na Venezuela pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de democracia. E o que o Brasil fez? Apoia o governo Maduro, que de tão maduro já apodreceu. Agora eu pergunto: como podemos pleitar o direito de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU se nos acovardamos diante das principais questões internacionais? Por isso, de quando em quando eu tenho vergonha de ser brasileiro. Infelizmente.
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