"Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:10)
Ah! Se eu pudesse... quem nunca ouviu esta frase no dia a dia do mundo corporativo? Estamos sempre com ela na ponta da língua e o seu uso é tão frequente que até serve de justificativa para quase tudo que gostaríamos que acontecesse, mas que nem sempre se torna realidade, quiçá no momento desejado: Ah! Se eu pudesse demitiria aquele chefe puxa-saco, se eu pudesse trocaria aquela secretária por outra competente, se eu pudesse mudaria o nome desta empresa, se eu pudesse trabalhar em casa ou mesmo perto de casa..., são incontáveis Ah! Se eu pudesse, por aí afora.
Na prática o que presenciamos é um punhado de queixumes sem fim e uma infinidade de oportunidades indo embora, tal como areia entre os dedos e toda oportunidade perdida, via de regra, jamais será revivida. Só se for agora, deveria ser o lema de todo colaborador que se propõe a realizar seu trabalho com boas obras - seu verdadeiro legado, onde quer que ele esteja sem desperdício de tempo, tal qual o coloquial termo tão conhecido da cultura brasileira; aqui e agora!
Com efeito, enquanto em nossa mente damos vida à traumas de relacionamentos do passado e vivemos no presente ansiosos por um futuro que ainda não nos pertence porque, por mais que nos esforcemos, não será controlado por nós mesmos - pequeninos seres habitantes de um minúsculo planeta, via de regra, permanecemos nos debatendo com questões tão simples quanto um gesto.
Sim, um simples gesto na direção do próximo, aquele semelhante a nós que o Deus criador de todas as coisas colocou à nossa frente, tal como um espelho para refletir a nossa própria imagem e dar sentido à nossa existência.
Todavia, em muitas ocasiões, somos indiferentes às circunstâncias de estar frente à frente com um ser humano. A indiferença, por menor que possa ser, é um mal que se alastra como epidemia fazendo vítimas emocionais com sequelas de difícil cura na alma e que se amontoam pelas calçadas das grandes cidades, deixando-nos indignados e cheios de compaixão, porém com muito pouca ação.
Fazer o bem não importa a quem é uma regra de ouro na arte do relacionamento humano, melhor ainda com propósitos nobres, para o bem comum e uma sociedade mais justa, emanados diretamente daquele que é onisciente e onipresente, cuja Palavra de Poder se faz presente na vida dos homens desde a criação; transcrita primeiramente aos Hebreus por meio de profetas e registrada nos chamados rolos - livros que são lidos até hoje nas festas judaicas. Há 2013 anos, a Palavra segundo o propósito de Deus, veio ao mundo revestida de nossa semelhança: "Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1:14).
Nossos relacionamentos são chaves de um grande tesouro que deveriam ser protegidos com segurança máxima e senha criptografada, porque deles dependem uma única coisa com a qual estamos sempre demasiadamente preocupados: o nosso futuro.
No melhor manual de relacionamentos já escrito até os dias de hoje, a Bíblia, encontramos todas as regras essenciais para realizarmos as boas obras, sejam elas no ambiente corporativo, familiar ou social. Cito algumas por mera eleição pessoal sobre as quais dispensam comentários:
Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz. (Tiago 4:11).
Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. (Mateus 7:1-2).
Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O Juiz já está às portas! (Tiago 5:9).
Toda a lei se resume num só mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo". Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente. (Gálatas 5:14-15).
Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros. (Gálatas 5:26).
Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. (Colossenses 3:9-10).
Aplicação Prática:
Quando você deixar a empresa para a qual trabalha como gostaria de ser lembrado? Como você tem guardado o grande tesouro no contexto do artigo? Você já leu o manual citado pelo autor? O que achou? Na sua opinião, as regras citadas pelo autor, são factíveis de aplicação na sua empresa? Se afirmativo, o que você acha da ideia de estampa-las em forma de valores ao lado da Missão e Visão da empresa?
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