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Artigos-->CRU E QUENTE! -- 28/03/2002 - 08:22 (ALEXANDRE FAGUNDES) |
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Estes tempos de globalização, inovações
tecnológicas e competitividade acirrada criaram
uma nova “areia movediça”, que vem afetando
pessoas e organizações: A tal “solução de
continuidade” ou, trocando em miúdos, a mania de
largar as coisas pela metade.
E o pior é que muita gente boa, que lidera
equipes competentes, tem confundido “pressa” com
“dinamismo”!
Em primeiro lugar, registre-se a seguinte verdade:
Existe uma grande diferença entre pressa e
dinamismo. Uma coisa nunca foi igual a outra!
Está no dicionário: Pressa é afobação,
precipitação, irreflexão, impaciência, dificuldade,
embaraço, aperto, aflição, atabalhoamento,
falta de planejamento e...
Ah, sim, disso você já sabia... Pois bem,
vamos ver se, além de saber, você pratica o que
conhece:
- Você sabe aonde quer chegar quando começa
a guiar seus comandados para novos desafios ou
apenas atira no escuro e fica esperando um barulho
para descobrir se acertou algo? (Em tempo: Isso
não tem nada a ver com “seguir a intuição”);
- Você planeja antes de começar algo ou
simplesmente julga que a nova empreitada pode ser
guiada pelos planos das ações “similares”
anteriores?;
- Você avalia os resultados de suas ações ou
apenas colhe os frutos bons e ruins, sem procurar
saber quais foram os acertos e erros?
Vamos confessar: Todos somos muito mais apressados
do que dinâmicos, não é!?
Apenas para registrar, vale dizer que,
também no dicionário, dinamismo quer dizer
atividade, energia, espírito empreendedor.
Quanta diferença, heim!?
Pois é, mas, na prática, a gente acaba
realmente confundindo as coisas.
A pressa também serve para mutilar
o “sabor” das coisas que realizamos e,
se escaparmos de “queimar a língua”, não
escaparemos da falta de paladar que impedirá a
percepção das reais dimensões das conseqüências
positivas e negativas de nosso trabalho.
Prosseguindo com a analogia, quem
“come cru” arranja problemas para os dentes e uma
massa bem pesada para digerir. Sejamos honestos:
quem de nós ainda não teve de “mastigar” uma
estratégia mal pensada (sem direito a fazer careta
, para não chamar a atenção dos outros, afinal,
garantimos que aquela era uma “idéia perfeita”)?
...E quem ainda não teve uma enorme
“indigestão profissional” ao ter de passar semanas
(ou até meses) tentando digerir os resultados de
um plano que não foi bem preparado, estudado
e cujas particularidades - por pretensão ou
excesso de autoconfiança – não discutimos com os
outros integrantes de nossa equipe?
Uma forma de minimizar as chances de
continuar guiando nossa equipe para a
“areia movediça da pressa” é passar cada um de
nossos planos pelo crivo de um questionário
QUASE incorruptível:
- Estou “usando a intuição” ou apenas tendo
“preguiça” de avaliar melhor esta ação?
- Já percebi as principais implicações desta
decisão ou estou acreditando que “não temos mesmo
muito a perder”?
- Estou sendo empreendedor ou inconseqüente?
- Isso é urgente mesmo... ou está atrasado
porque não o fiz no tempo certo?
É verdade que um bom líder erra por ação e
(quase) nunca por omissão. Mas, aproveitando que
o dicionário está por perto, vale dizer que ele
mostra bem direitinho a diferença entre o omisso
e o responsável; o omisso e o estrategista;
o omisso e o suicida...
Por falar em livro, uma lição de casa.
Anote ai: Pesquisar as semelhanças entre
o império romano, as dinastias egípcias,
as empreitadas de Napoleão e aquele seu amigo
que arrebentou o carro num poste.
Uma dica: Todos estavam no comando, se achavam
“bons demais”... e foram vítimas da confusão
entre “pressa” e “dinamismo”. Além terem,
como é de praxe nestes casos, uma boa dose
da má pretensão!
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