----- Uma bem urdida quadra de Frederico de Brito, um dos vates de Lisboa que deu asas à voz de Amália e é suporte essencial da voz de Carlos do Carmo, bem como de centenas de intérpretes de Fado, alude:
-------------- Meu Deus, como o tempo passa!
-------------- Dizemos de quando em quando;
-------------- Afinal o tempo fica...
-------------- A gente é que vai passando.
----- Consola... Desconsola... Questiona... Coloca-nos em soluço com o raciocínio. Pelo menos a mim desmiola-me um pouco a esperança, agora que abraço com âmpla nitidez o complexo da existência humana entre as promessas da vida. Perpassa-se-me uma enorme revolução de sentimentos e oscilo nas ondas do bem-mal com que encaro o tempo, ora sem dar por isso, ora controlando-o ao minuto. Como dantes e como sempre o bom e o belo passa sem dar por isso, enquanto o mau e o feio demora uma eternidade.
----- Bem... O melhor é mandar tudo para o ar e imaginarmos que são pétalas em voo! Pois é, Sal?