Um amigo me falava sobre o delírio febril de certos "escrevedores" da Usina em "usinar" e abusar de meu nome, ou dirigirem o conteúdo de suas gracinhas à minha pessoa, tão comportadinha e tímida.
Ele riu.
Disse que timidez era coisa que jamais me definiria, talvez, nem no útero de minha mãe. Disse-que eu, ainda no ventre, já ensaiara escrever e encantar as pessoas, ou perturbá-las com minha irreverência.
É...
Esse amigo me disse que em tudo o que escrevo sai "poesia".
"Inté" nas cartas...
E disse-me, ainda, que esses caras usam o meu nome para, simplesmente, aparecerem.
Fique claro, aqui, que me refiro aos "escrevedores" e não aos escritores e poetas que se referem a mim, no que me dão imensa alegria por isso...
Esse caro amigo me alertou que eu estou bem colocada, no placar da Usina de Letras. Caramba!
Eu nunca tinha visitado esse troço. Não que não tivesse curiosidade, mas é porque demora muito para abrir o resultado e minha paciência se esgota. Gosto de tudo rápido. Ou melhor, quase tudo...
Também, pra ser sincera, que interessa a minha colocação? Pelo que percebo, interessa, e muito, aos outros. Houve até um "tal fulano" que declarou que o que ele mais queria era superar-me...
Valha-me Deus! que chegue até o topo, desejo de coração... É páreo duro, todos percebem, né? Mas, quem sabe... A ascenção na Usina é algo tão inexplicável... Quase divina! E é mister que os bons se encontrem lá no alto... Bem alto...
Os amigos que aqui consegui, ao longo destes meses, que me parecem "vidas", são tão valiosos e gratificantes que nem me importaria se estivesse em último lugar. Que diferença faz? Se pelo menos ofetrecessem um premiozinho de R$ 100,00 (cenzinho).
E o maior prêmio, eu já consegui: cultivar amigos simples, que viajam nas asas da poesia, assim como eu. Que brincam com as palavras, como bolinhas de ping-pong na mesa...
Ploc! Ploc! Ploc!
Que transformam idéias em versos encantadores, em lágrimas, às vezes, a lavar o coração da gente.
Tenho um amigo especial, Carlos Gama, que me disse, há algum tempo, uma grande verdade:
"É preciso sair de nosso individualismo egoísta, que nos mantém servis e incapacitados, e ver as coisas com os mesmos olhos, numa ação conjunta..."
Realmente, há pessoas que querem "forçar" a presença de um jeito tão medíocre... que só nos deixam de "saco cheio"... E acabam conseguindo o contrário do que pretendem.
Já outros não: podem estar ausentes, por longa data, que são sempre aguardados, jamais esquecidos.
Esses sabem marcar um coração. E há um simples segredo para isso. Basta não fazer força para que aconteça... Tudo flui, naturalmente, com a mesma espontaneidade de um vulcão prestes explodir suas lavas, a tudo inundar e deixar a
